Johnson&Johnson suspende produção da vacina da Janssen; motivos são econômicos

Empresa responsável pela fabricação de imunizantes contra a covid-19 suspende suas atividades. Nessa semana, começou a circular na imprensa nacional que a Johnson & Johnson, produtora da vacina Janssen, está paralisando a comercialização do medicamento. O motivo seriam questões econômicas. Entenda os detalhes, abaixo.

Há dois anos vivenciando a pandemia do novo coronavírus, o mundo ainda segue na luta para otimizar as campanhas de vacinação. No entanto, uma notícia pode impactar no andamento do cronograma de imunização. A Johnson & Johnson, responsável pela produção da Janssen, fechou as portas de sua fábrica.

A Janssen não será mais produzida?

Até o momento, o que se sabe é que a paralisação na produção do imunizante é uma medida temporária. Uma nova fábrica deverá passar a produzir novamente outros lotes de vacina ao longo dos próximos meses.

Há ainda informações sobre a produção de uma nova versão do medicamento que seja potencialmente mais lucrativa, estando em período de teste.

De acordo com uma apuração do jornal americano New York Times, a farmacêutica já conseguiu somar cerca de até 3,5 bilhões de dólares em vendas de sua vacina contra a Covid-19 em 2022.

Já em 2021, a marca contabilizou 2,39 bilhões de dólares em vendas da vacina contra a Covid, ficando abaixo de sua própria meta de 2,5 bilhões de dólares.

Pronunciamento da empresa

Jake Sargent, porta-voz da Johnson & Johnson, disse por e-mail ao The New York Times que a empresa está “focada em garantir que a vacina esteja disponível onde as pessoas precisam” e que sua rede global de produção “está trabalhando dia e noite” para ajudar a combater a pandemia.

O que dizem os especialistas

Dr. Ayoade Alakija, co-chefe do programa de distribuição de vacinas da União Africana, em entrevista ao jornal americano, explicou que não acha uma alternativa coerente suspender a produção dos imunizantes para atender aos interesses econômicos.

“Este não é o momento de mudar as linhas de produção do nada, quando a vida das pessoas em todo o mundo em desenvolvimento está em jogo”.

Até o momento não há previsão de retomada da distribuição por parte da empresa.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.