Governo reduz em 35% orçamento para FIES 2022; saiba o motivo

Orçamento do FIES 2022 é 35% menor do que a edição do ano anterior. A redução é uma estratégia por conta da ociosidade de vagas que o programa vem apresentando; entenda os desdobramentos dessa decisão.

Governo reduz em 35% orçamento para FIES 2022; saiba o motivo
Governo reduz em 35% orçamento para FIES 2022; saiba o motivo (Imagem: FDR)

A edição do Fundo de Financiamento Estudantil do primeiro semestre de 2022 vai ter menos recursos destinados do que no ano de 2021.

No ano passado foram 8,48 bilhões, enquanto que nesse serão R$ 5,53 bilhões, uma queda de 35%; os dados são do Orçamento da União sancionado pelo Presidente na última semana.

Por que o recurso do FIES 2022 foi reduzido?

Segundo o Governo Federal, a redução no orçamento destinado ao fundo se deve a alguns fatores, como:

A estimativa de que as 111 mil vagas que estarão disponíveis em 2022 não sejam preenchidas em sua totalidade, ou sejam, ficariam ociosas.

No primeiro semestre de 2018 o FIES teve o seu ápice de ocupação, com preenchimento de 90% das vagas oferecidos.

Após isso, o percentual foi caindo, chegando a 44% no segundo semestre do ano passado.

O fato de que, ao logo dos anos, a participação dos estudantes no Fundo de Financiamento Estudantil tem diminuído consideravelmente, o que leva a necessidade da redução dos investimentos.

“Redução é condizente com a baixa execução em 2021, cerca de 50% da dotação de 2021, devida à baixa adesão de matrículas no ano passado (cerca de 50% de adesão)“, afirmou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

É o FNDE o responsável pela execução das políticas educacionais, lembrando que ele está subordinado ao Ministério da Educação.

A justificativa dessa ociosidade de vagas está no fato de que, desde 2015 o programa não garante a bolsa de 100%.

Ou seja, os estudantes teriam que pagar os encargos e o restante da mensalidade.

Aliado a isso está a pandemia que diminuiu o poder de compra de muitos brasileiros, pois, houve um número alto de demissões.

Para alguns especialistas essa redução não necessariamente é algo ruim, inclusive, é possível fazer um remanejamento de verbas, caso o número de inscritos supere as expectativas.

“Não vejo esse ponto da redução do Orçamento como algo crítico. Se o número de contratos depois for maior, é possível realocar recursos de outros lugares para o programa”, avalia Paulo Meyer Nascimento, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.