Governo estuda aumentar benefícios dos servidores, ao invés de salários

Sem possibilidade de aumentar o salário de seus servidores, Governo Federal busca alternativas para evitar greves. Fontes da administração pública informaram que os gestores estão trabalhando na possibilidade de ampliar os benefícios pagos aos seus funcionários. A medida deve amenizar as ameaças de greve. Entenda.

Há semanas, o Brasil vem acompanhando possível ameaças de paralização das atividades das instituições públicas federais. Policiais, servidores do Banco Central, entre outras classes, lutam pelo aumento salarial, mas deverão ter acesso somente a ampliação de seus benefícios.

Governo amplia abonos para servidores

Até o momento, há especulações de que a equipe econômica venha analisando a sugestão de aumentar os benefícios de algumas categorias. A proposta apresenta um custo inferior ao reajuste salarial, mas pode reduzir o clima de tensão entre os servidores e gestores.

Trata-se de uma espécie de acordo para tentar evitar a realização de greves, que deverão interferir na campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. Até o momento não se sabe o valor sugerido para os abonos.

O reajuste salarial, por sua vez, sairia caro para o Ministério da Economia. De acordo com os últimos cálculos divulgados pela gestão, a cada 1% acrescentado há um novo gasto de R$ 3 bilhões. No entanto, é válido ressaltar que atualmente o governo tem apenas R$ 1,7 bilhão para aumentos na sua folha de pagamentos.

O que dizem os representantes sindicais

Para quem vem lutando pela proposta de reajuste salarial, a alternativa do governo não parece trazer bons resultados.

“Temos que recompor as perdas inflacionárias, ao menos em parte, que já passam de 28% desde o último aumento”, disse o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, um dos líderes do movimento por atualização dos salários do funcionalismo.

Já Sérgio Ronaldo da Silva, coordenador do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), afirma que o governo “está achando que está em um pesque pague”.

“Ele está jogando seu anzol em águas turvas, porque todo dia sai com uma ideia assim, testando o conjunto dos servidores pra ver qual é a onda em que o servidor vai embarcar com a sua prancha de surfe.”

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.