Pela primeira vez na história, o preço máximo da gasolina comercializada nos postos do país ultrapassou a barreira dos R$8 reais nesta semana, segundo informações da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
A agência revelou que o valor mais alto encontrado na semana foi de R$8,029 no Rio de Janeiro. Na semana anterior, o teto foi de R$7,99. Já em Minas Gerais, o valor mais alto foi de R$7,698.
Na terceira colocação está o Paraná, com o valor máximo de R$7,660. No Acre, o litro da gasolina atingiu os R$ 7,60. Na sequência, aparece a Bahia, com o maior preço do Nordeste, onde a gasolina custa até R$ 7,540.
Porém, considerando o valor médio no Brasil, o valor da gasolina nos postos subiu de R$6,664, entre os dias 16 e 22 de janeiro, para R$ 6,658 na última semana, entre os dias 23 e 29 de janeiro, uma redução de 0,09%.
Já o preço do diesel permaneceu quase inalterado, R$ 5,582, na semana passada, para os atuais R$5,586. No entanto, fontes do mercado dizem que a tendência é que os preços subam.
Por conta do valor do barril de petróleo ter ultrapassado os US$88 no mercado internacional, a defasagem de preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras está crescendo.
A avaliação da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) é de que a Petrobras já está com uma defasagem de 9% na gasolina em comparação com o mercado internacional, fazendo com que fosse necessário um reajuste de R$ 0,29, em média, por litro na refinaria.
A Petrobras realizou o último reajuste no preço da gasolina no dia 12 de janeiro, quando o preço médio do combustível para as distribuídas subiu de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, uma alta de 4,85%. Desta forma, desde janeiro do ano passado, o preço da gasolina acumula uma alta de 77,04%.
Os especialistas avaliam que nem mesmo o congelamento por mais dois meses do valor de referência do ICMS, iniciativa tomada pelos governadores, conseguirá impedir um novo aumento do valor dos combustíveis cobrados na bomba.