Financiamento imobiliário deve desacelerar em 2022; entenda os motivos

De acordo com a Abecip, (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) as concessões de crédito de financiamento imobiliário devem desacelerar em 2022 no Brasil. Um forte motivo para isso é o risco do país cair em uma recessão antes das eleições presidenciais de outubro.

Neste ano, as concessões de financiamento imobiliário devem atingir R$260 bilhões, um crescimento de 2% em comparação com 2021, segundo a entidade. No último ano, os financiamentos cresceram 46%.

“Não dá para dissociar o financiamento imobiliário do ambiente econômico do Brasil”, falou José Ramos Rocha Neto, presidente da Abecip a Reuters.

Financiamento imobiliário mais caro na Caixa

A Caixa Econômica está comunicando os agentes imobiliários que a sua taxa de juro do crédito com recursos da poupança (SBPE) para financiar a compra de imóveis vai aumentar em fevereiro.

A taxa reduzida que é cobrada de clientes que mantêm relacionamento com a Caixa, o maior financiador imobiliário do Brasil, vai subir dos atuais 8,3% ao ano para 8,7% ao ano, com acréscimo da Taxa Referencial, a partir do primeiro dia de fevereiro, de acordo com material de divulgação revelado pelo Reuters. Nada muda para a taxa balcão, que permanece em 8,99% a.a.

A partir deste aumento, o banco começa a praticar uma taxa de juros mais próxima da oferecida pelos concorrentes do setor privado. A taxa oferecida pelo Santander Brasil parte de 9,99% ao ano, ante 9,5% de Bradesco e 9,1% do Itaú Unibanco, todas com acréscimo da TR.

A alteração foi efetivada dias depois que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ter previsto um aumento de 10% das concessões de empréstimos para compra de imóveis neste ano, em entrevista à Reuters, dizendo que possui taxas de juros mais baixas do que grande parte dos concorrentes.

A Caixa disse em nota que haverá uma “adequação nas condições para aplicação de redutores… a depender do relacionamento do cliente com o banco” e que “continuará tendo as melhores taxas de juros do mercado”.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.