Recentemente, o Brasil tem passado por uma inflação em alta e desvalorização do real. Em meio a isso, houve uma alta no interesse por moedas digitais e, consequentemente, de corretoras internacionais no país. Dentro deste cenário, surge o Banco Central, que tem a proposta de oferecer o Real Digital.
Diante da alta de interesse em criptomoedas no país, diversas bolsas de cripto mundiais têm observado o Brasil como o grande mercado da América Latina neste ano.
A atenção de corretoras internacionais no país tem aumentado — ao mesmo passo que a região tem passado por problemas macroeconômicos. Em 2021, a inflação do Brasil superou a marca de 10%. Outro ponto desfavorável é a desvalorização do real ante o dólar.
As dificuldades macro tem impulsionado as criptomoedas nos anos recentes. No ano passado, por exemplo, os brasileiros quase triplicaram o total negociado de stablecoins, em relação a 2020, segundo a Receita Federal.
Os stablecoins são criptoativos que possuem paridade com moedas nacionais — em proporção de um para um.
Real Digital acompanha a tendência de moedas virtuais
Na área de criptoativos, o Banco Central planeja lançar o Real Digital. Esta é uma versão virtual da moeda brasileira. Neste ano, a autoridade monetária planeja efetuar os primeiros testes dessa moeda digital. De qualquer modo, este novo servido tende a demorar para chegar ao consumidor final.
A tendência é que o blockchain seja a tecnologia usada. Apesar disso, ao contrário de outros criptoativos, a Real Digital será uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC, na sigla em inglês).
Corretoras internacionais se interessam pelo mercado brasileiro
Em meio a este panorama digital dentro do país, as corretoras globais tem se atentado ao Brasil. Dentre estas empresas, está a Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo.
Ao InfoMoney, a corretora informa que o Brasil “é um mercado estratégico chave”. Em todas as métricas, este é o maior mercado da América Latina, segundo a Binance.
Outra companhia que tem buscado integrar sua plataforma ao mercado local é a Crypto.com., exchange de criptomoedas. O head de growth de Crypto.com no Brasil, Guilherme Sacamone, destaca ao InfoMoney que a América Latina é uma região importante para a empresa.