Pandemia: Ômicron não será a última variante, o que podemos esperar?

Se engana quem pensa que a pandemia da Covid-19 irá se limitar à variante ômicron. A tendência é para que novas cepas surjam com o passar do tempo, embora não tenha como afirmar se elas serão mais graves ou amenas. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de o número de infecções ter começado a reduzir em alguns países, em vários outros a situação da pandemia da Covid-19 está cada vez mais grave. As transmissões tiveram um crescimento expressivo com o surgimento do ômicron, sobretudo nos países da Europa. 

Na última semana, o número de infecções na última semana teve um aumento de 20%, o equivalente a 19 milhões de novos casos de Covid-19. No entanto, a OMS acredita que o número oficial seja muito maior em virtude dos casos que não são identificados. 

Na oportunidade, a líder técnica do coronavírus da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou estar “ouvindo muitas pessoas dizerem que a ômicron será a última variante e que a pandemia acabará depois disso. Esse não é o caso, porque o vírus está circulando em um nível muito intenso ao redor do mundo”, ponderou.

Neste sentido, a especialista destacou que, ao contrário do que muitas autoridades estão fazendo, este não é o momento de relaxar as medidas sanitárias, e sim, reforçá-las.

Portanto, o uso de máscara facial de proteção, álcool em gel e a manutenção do distanciamento social são atitudes essenciais para evitar a disseminação do ômicron e, por consequência, conter o avanço da pandemia

Enquanto isso, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus, lembrou que novas infecções já conseguiram chegar ao topo em alguns países. E é justamente estes casos extremos de infecções que levam algumas nações a crer que o pior da pandemia já passou junto com a ômicron. No entanto, ele reforça que nenhum país está fora dos riscos ainda. 

Apenas nesta semana, vários países europeus registraram números expressivos e preocupantes quanto aos novos casos de COVID-19. A França, por exemplo, teve quase meio milhão de novos registros somente na última terça-feira, 18.

No entendimento do diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, o aumento exponencial dos casos, independentemente da gravidade das variantes individuais, resulta em um aumento inevitável de hospitalizações e mortes, evidenciando a gravidade do atual quadro da pandemia COVID-19.

A preocupação também se estende ao baixo índice de vacinação em determinados países, aumento o risco de contaminação pelo novo coronavírus e outras doenças graves que, além de sequelas, podem levar à morte devido à falta de imunização. 

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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