Sobrou até para os policiais: PMs caem em golpe de pirâmide no DF; saiba mais

Ao menos 29 policiais militares do Distrito Federal caíram em um suposto golpe de pirâmide financeira. Um destes profissionais investiu R$77 mil. Uma vítima chegou a passar o carro para nome de Pedro Gil Fonseca Duarte, o operador do esquema. Saiba mais.

As vítimas, seus familiares e amigos, entregaram o dinheiro ao dito assessor de investimentos, viram que não estavam mais recebendo os lucros e quando solicitaram a devolução do dinheiro aplicado de volta, não o receberam.

“Temos um grupo no WhatsApp de 177 pessoas que ‘investiram’ dinheiro nisso. Nós pegamos inclusive empréstimos para fazer esses investimentos. Só no nosso batalhão, esse rapaz arrecadou mais de R$ 1 milhão”, relatou um policial militar vítima do golpe ao R7.

As negociações foram realizadas em reuniões dentro do 20º Batalhão de Polícia Militar, localizado na região do Paranoá, no DF, em março de 2020. 

Os denunciantes relataram que o pai do suspeito, um policial militar da reserva, levou seu filho e o apresentou aos colegas de farda como “uma pessoa muito qualificada no mercado financeiro”. Pedro assegurava ganhos de 20% ao mês e devolução do dinheiro investido em seis meses. Ele possui um escritório de investimentos em Planaltina, DF, o 2P Trader (Pedro Intermediação de Negócios Eireli).

Os valores foram repassados da forma com Pedro havia garantido no primeiro mês, porém, já no segundo mês, alguns policiais já não receberam nenhum valor. “Alguns de nós recebemos dois meses e ganhamos confiança. Depois disso, ele começou a inventar desculpas de que a conta dele tinha sido bloqueada”, explicou um dos investidores.

Após pressão dos militares, em junho de 2020, o suposto assessor de investimentos realizou uma reunião com o grupo, em que se comprometeu em regularizar os pagamentos e ressarcir os valores investidos, mesmo que de forma parcelada. Mas, após um tempo, também sumiu.

Pirâmide financeira  

Os policiais enganados disseram acreditar que a situação deles se tratava de investimento regular e não de uma pirâmide financeira. No depoimento de um deles à Polícia Civil, foi dito que “após uma análise superficial, e de acordo com os espelhos de operações diárias do Sr. Pedro Gil, […] aparentemente não se tratava de pirâmide, e […], pelo que o envolvido relatava, tinha médias de ganhos diários onde o valor de juros a serem pagos não se tornava tão exorbitante”.

Ao ser prorucaro pelo portal R7, Pero Gil e 2P Trader não atenderam às ligações.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.