Na última terça, 11, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que cerca de dois mil funcionários da instituição decidiram aderir à proposta de entregar ou deixar seu cargo no órgão. Os trabalhadores vem reivindicando a reestruturação da carreira de especialistas do banco, que está parada desde 2017. Saiba mais.
O sindicato explicou que o clima na reunião foi amistoso, porém que não houve nenhuma proposta fundamentada. O Sinal afirmou que 500 comissionados ou substitutos entregaram os cargos e que cerca de 1.500 funcionários teriam assumido o compromisso de não preencher as vacâncias, ou seja, os cargos deixados.
Segundo a entidade, o objetivo é de conseguir a restruturação da carreira de especialista do BC que está parada desde 2017 para “eliminar as assimetrias em valores que já superam mais de 40% em relação a outras carreiras de Estado”.
A reunião com Roberto Campos Neto contou também com a presença da Associação Nacional de Analistas do Banco Central (ANBCB) e do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SinTBacen).
Através de uma nota conjunta, as entidades afirmaram que “a deterioração no clima organizacional nos últimos meses se deve, em grande parte, à ausência de endosso das autoridades da Casa à reestruturação da carreira de Especialista do Banco Central”.
Ao ser procurado pela imprensa para comentar o assunto, o BC não se manifestou.
Paralisação
Agora, o sindicato aguarda uma nova reunião com o presidente do BC ainda este mês. Se neste novo encontro não forem apresentadas propostas concretas, o Sinal afirmou que iniciará as discussões para uma greve no mês que vem.
O sindicado afirmou ainda que a paralisação prevista para acontecer no próximo dia 18, das 10h às 12h, está mantida.
“Esperamos que, ainda em janeiro, haja nova reunião com o Presidente do BC e que nela haja uma proposta concreta. Caso contrário, passaremos a debater a proposta de greve por tempo indeterminado, em fevereiro de 2022”, afirmou Fábio Faiad, presidente do Sinal ao InfoMoney.