Conheça a Maricoin, a primeira criptomoeda LGBTQ+

A Maricoin é a primeira criptomoeda LGBTQ+ e deve empoderar financeiramente a comunidade. O objetivo dos criadores do criptoativo é alavancar o poder econômico dessa minoria.

A moeda servirá também para que pessoas da comunidade LGBTQ+ possam financiar empreendimentos e ter iniciativas humanitárias em prol da pauta.

O que se sabe sobre o Maricoin

Com intuito de funcionar em função da comunidade LGBTQ+, o lançamento do novo criptoativo Maricoin foi anunciado no último dia de 2021, em reportagem da agência Reuters.

O nome dado à moeda vem do termo de origem espanhola maricon utilizado para se referir de maneira ofensiva a homossexuais. A moeda foi lançada em versão de testes envolvendo dez empresas do bairro de Chueca, reduto da comunidade LGBTQ+ em Madrid, capital da Espanha.

Em entrevista à Reuters, o cabeleireiro e empresário Juan Belmonte, 48, que é também um dos padrinhos do criptoativo afirmou que a moeda entrará em negociação aberta ainda em janeiro, com isso, empreendimentos e iniciativas ligados à comunidade devem crescer economicamente. “Já que movemos esta economia, por que nossa comunidade não deveria lucrar com isso, em vez de bancos, seguradoras ou grandes corporações que muitas vezes não ajudam as pessoas LGBTQ+?”, completou Belmonte.

A firma de capital de risco, Borderless Capital, que possui sede em Miami presta suporte ao Maricoin que se encontra em fase inicial de funcionamento. Segundo o presidente executivo da Borderless, Francisco Alvarez, ao menos 8.000 pessoas realizaram inscrição antecipada e estão em lista de espera para a compra da nova criptomoeda.

Como irá funcionar a circulação da nova criptomoeda

A princípio, o Maricoin terá uma circulação mais restrita valendo como meio de pagamento apenas para produtos, serviços e eventos LGBTQ+ ao redor do mundo. A moeda deve valer para aqueles estabelecimentos que assinem o “manifesto pela igualdade” que defende economia social, ética, transversal e transparente, estabelecendo os direitos da comunidade incluindo outros grupos que sofrem com a discriminação.

Alvarez e Belmonte projetam que a criptomoeda LGBTQ+ se torne fonte de financiamento para negócios da causa: Poderemos dar microcréditos para que as pessoas abram um pequeno café amigável para LGBTQI na Colômbia ou para apoiar projetos que ajudem refugiados queer a fugir de países onde seriam apedrejados até a morte.” 

 

Hannah AragãoHannah Aragão
Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE. Atuei em diferentes áreas da comunicação, como endo marketing, comunicação estratégica e jornalismo impresso. Atualmente me dedico ao jornalismo online na produção de matérias para o FDR.