Na era digital, os bancos também precisam se reinventar e é o que está acontecendo com as grandes empresas do setor que estão mudando a cara de suas agências.
Os bancos privados brasileiros têm cada vez mais se adequado às novas tendências. As novidades se aplicam também aos espaços físicos, as empresas entendem que as agências precisam acompanhar a nova realidade do mercado.
Novas agências
Com o funcionamento cada vez mais digital dos bancos, as agências representam um importante ponto de contato direto com os clientes, ainda sendo importante neste sentido.
O cliente podendo resolver muitos de seus problemas através do aplicativo e de maneira remota faz com que os endereços atendam menos demandas e um volume menor de clientes, por isso, as agências têm passado a ter outra configuração.
Em cinco anos, grandes empresas como o Bradesco, Santander e Itaú fecharam cerca de 3 mil agências. Os bancos experimentam ainda modelos de unidades que não possuem caixas mesmo porta giratória, reduzindo os custos de operação.
O Bradesco tem investido no modelo de agência que tem como foco fazer negócios, sem oferecer o serviço de transações corriqueiras. São pelo menos mil unidades, todas surgiram de antigas agências convertidas. A redução de custos foi de 14% e a produtividade subiu em 37% de acordo com informações da própria empresa.
“Criamos nos grandes centros as redes de agências. Onde tem mais de duas, há uma agência full (completa) e as unidades de negócio, que são satélites”, conta João Carlos Gomes da Silva, que é diretor executivo do Bradesco. “Esses hubs têm uma sinergia enorme, porque são pouquíssimos os clientes que precisam da agência full. Não tem mais necessidade de uma agência fazer tudo”, completou João Carlos.
Outra instituição que enfrenta mudanças nas agências é o Itaú. O banco tem atualmente cerca de 40 agências “vocacionadas”, estas prestam um único tipo de serviço. O diretor da empresa afirma que a expectativa é de que em pouco tempo o novo modelo atenda grande parte dos clientes.
A proposta mais ousada talvez seja a do Santander. No Brasil, a empresa investe em modelos de convivência, espaços com Work Café, a inspiração veio do Chile, onde a instituição já possui 12 unidades do tipo.