O que é payroll? Entenda porque o mercado mundial volta suas atenções para ele

Pontos-chave
  • Payroll é um indicador econômico dos EUA
  • Ele serve como termômetro para economia americana
  • Indicador revela ainda dados sobre o mercado de trabalho nos EUA

Você sabe o que é Payroll? Ele é um indicador econômico do mercado financeiro e é extremamente importante para o trader. O indicador está sempre acompanhado de grandes players por conta de sua volatilidade alta que traz ao mercado ao ser divulgado e serve ainda como um termômetro da economia norte-americana.

O Payroll, ou Nonfarm Payroll, é o indicador que revela a folha de pagamentos não-agrícola norte-americana. Ele engloba toda força de trabalho, menos o do setor primário, e mensura quantas pessoas estão empregadas e recebem salário nos EUA.

Por conta de sua importância para grande parte dos analistas de ações por conseguir antecipar quais setores podem alcançar lucros mais elevados, e de ser uma referência para os grandes players, o Payroll se transformou em um parâmetro para o mercado todo.

O indicador é divulgado pelo Bureau of Labor Statistics e integra um relatório que revela dados a respeito da situação dos empregos do país, uma vez que ele considera cerca de 80% dos trabalhos que são incluídos no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) americano. 

Através do Payroll é possível examinar ainda os dados de extrema importância para a analise da economia, como a quantidade de empregos criados no último mês, aumento da taxa de desemprego, entre outros.

Principais indicadores divulgados com o Payroll

Este indicador mostra a variação da taxa básica média horária das indústrias principais, a inflação dos custos trabalhistas.

Esses dados proporcionam uma noção mais ampla do aumento da renda pessoal durante o mês ou ano. Os valores que vem acima do esperado são considerados positivos para o dólar, e vice versa.

Já este índice mensura a diferença de exportações e importações. Os dados de exportações podem significar um crescimento econômico do país. Por outro lado, os dados de importações podem sinalizar uma demanda doméstica mais alta.

Vamos lembrar que para pagar as exportações do país, os estrangeiros compram a moeda nacional, causando um reflexo significado sobre o dólar. Valores que vem maiores do que o previsto são tidos como positivos para o dólar.

A taxa de desemprego é tida através do percentual da força de trabalho total que está sem emprego e em idade ativa, mas que buscou uma oportunidade nos últimos 30 dias. Um valor acima do projetado pode sinalizar uma fraqueza para o mercado de trabalho nos Estados Unidos e reflete negativamente no dólar.

Como interpretar o Payroll

O Payroll serve como a medida da economia americana. Sendo assim, se o índice fica acima do esperado, isto pode se traduzir como um número maior de americanos empregados. Por outro lado, se o valor fica abaixo do previsto pelos analistas, o índice é visto de forma negativa.

Um Payroll muito abaixo do esperado mostra que a economia dos EUA está desaquecida, ao menos em comparação ao último mês. Isto pode indicar problemas como: aumento dos desemprego, aumento do trabalho informal, diminuição do salário, entre outros.

Payroll decepciona em dezembro 

A economia dos EUA criou 199 mil empregos não-agrícolas no último mês, de acordo com o Payroll do Departamento de Trabalho, divulgado hoje, 7. O resultado veio bem abaixo do esperado. Os economistas previam pelo menos 400 mil novos empregos no período.

Também foi mostrado pelos dados uma pequena aceleração dos números revisados de novembro, mês em que foram abertas 249 mil vagas. O dado divulgado inicialmente era de 210 mil, de acordo com o divulgado em novembro.

A taxa de desemprego diminuiu para 3,9% da força de trabalho, abaixo dos 4,2% do mês anterior Os analistas projetavam uma taxa de 4,1%. Já o salário por hora em média no último mês teve uma alta anual de 4,7%, maior que o esperado de 4,2% do mercado, porém abaixo dos 5,1% revisados de novembro.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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