Afinal, por que o brasileiro conseguiu comprar menos em 2021? Tudo sobre a inflação

Pontos-chave
  • O poder de compra do brasileiro diminui e sua renda acaba perdendo o valor;
  • De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 2021 de janeiro a novembro, o aumento no valor dos alimentos foi de pelo menos 7%;
  • Segundo o IPCA, os gastos das famílias com a conta de luz teve uma alta de 31,87% nos últimos 12 meses.

O assunto mais tratado durante o ano de 2021, foi de longe o fato de que tudo estava encarecendo demais. Alimentos, combustível, conta de água e luz, e tantos outros fatores básicos para se sobreviver. A culpa sempre foi jogada para a inflação, mas o que explica esse acréscimo de valor?.

A inflação, nada mais é, do que um aumento do preço dos produtos. Logo, com esse crescimento o poder de compra do brasileiro diminui e sua renda acaba perdendo o valor.

Existem pelo menos duas categorias que explicam a causa do aumento da inflação. A primeira chamada de demanda está relacionada a busca por um determinado produto que está em falta no mercado, e que acaba sendo mais valorizado.

A outra, chamada de por oferta, tem haver com o aumento nos gastos para produção e matéria prima. Algo que foi muito visto ao longo de 2021, quando os combustíveis sofreram grande impacto mundial por conta da matéria prima. E as secas fortes no Brasil causaram aumento no valor da conta de luz.

Além disso, outro fator que influenciou no aumento de custos foi a alta constante do dólar. Para o produtor local, comercializar seus produtos no exterior é mais vantajoso, devido aos preços pagos, por isso, os consumidores nacionais sentem os impactos da falta de produtos ou do encarecimento dos valores.

Considerando os doze meses até novembro deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,74%. Para o próximo ano os índices não são assim tão animadores, a expectativa é de que a inflação fique acima de 5% em 2022. 

(Imagem: G1)

Na prática, essa alta foi sentida pelos brasileiros até mesmo na hora de comprar produtos básicos. Como, os itens que compõem a cesta de alimentos tradicionalmente consumidas pelo brasileiro.

Por exemplo: arroz, feijão e carne. Segundo uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica mais cara do Brasil é a adquirida em Florianópolis (SC) custando R$ 710,53.

Considerando o salário mínimo de 2021, que pagou R$ 1.100, esta quantia compromete mais que a metade do piso nacional. No Brasil, atualmente, 30,2 milhões de pessoas ganham até um salário mínimo, conforme informa a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do segundo trimestre.

O que aumentou a inflação em 2021

Segundo o portal G1, um dos responsáveis pelo aumento na inflação e pela diminuição no poder de compra do brasileiro foram:

  • Alimentos

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 2021 de janeiro a novembro, o aumento no valor dos alimentos foi de pelo menos 7%.

Alguns motivos podem ser evidenciados, como: efeitos climáticos, falta de bovinos, e oferta e procura. Entre os produtos mais elevados estão o frango, ovos, carne bovina, açúcar, café e tomate.

  • Dólar 

Acredite, não é apenas a pessoa que mantém relações internacionais que precisa se preocupar com o preço do dólar. Pelo contrário, toda a população sentiu os efeitos do aumento do dólar frente ao real neste ano.

Os produtos importados, bem como os combustíveis e a matéria prima para indústria, foram fortemente afetados. Com eles, cresceu o valor cobrado em outros serviços e no produto final adquirido pelo brasileiro no mercado local.

Até a última semana, comparado ao real a valorização do dólar era de 10,63% na contagem desde o início do ano. Quer saber a cotação do dólar hoje? Confira na calculadora do FDR, por aqui! 

  • Conta de energia 

Todos os brasileiros foram fortemente afetados pelo aumento na conta de luz. Um dos motivadores foi a seca nacional, a pior em 90 anos. O que provocou a necessidade de usar as usinas termelétricas para evitar um possível apagão nacional.

Acontece que esse tipo de usina é mais cara e poluente. Justamente por isso, em agosto deste ano foi acionada a bandeira tarifária de escassez hídrica. Com ela, subiu-se o valor adicionando R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. 

De acordo com o IPCA, os gastos das famílias com esse segmento teve uma alta de 31,87% nos últimos 12 mesesPara tentar diminuir os impactos, o governo federal incluiu automaticamente no programa Tarifa Social, que libera descontos na conta, as pessoas de baixa renda.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]