O Santander, no último relatório do ano, recomendou a compra de três fundos imobiliários para quem deseja aproveitar as últimas sessões de 2021. O analista de FIIs do banco, Flávio Pires, enxerga boas oportunidades no Mauá Capital (MCCI11), TG Ativo Real (TGAR11) e Vinci Offices (VINO11).
No entendimento do analista do Santander, os fundos imobiliários indicados estão negociados abaixo do valor patrimonial — e podem proporcionar ganho de capital — ou possuem condições de subir a distribuição de dividendos nos próximos meses.
Os fundos imobiliários recomendados pelo Santander
Com relação ao Mauá Capital, Pires ressalta a boa qualidade dos CRIs (certificados de recebíveis imobiliários) que compõem a carteira do fundo. O analista afirma que “possuem boa estrutura de garantia”.
Segundo ele, “o portfólio está concentrado predominantemente em segmentos mais defensivos, como comercial e logístico” — que, mesmo durante as fases mais críticas da pandemia de covid-19, tiveram desempenho positivo.
Nos próximos 12 meses, Pires prevê um retorno com dividendos do Mauá Capital de até 11,5%. Este é o mesmo patamar projetado para o TG Ativo Real.
O TG Ativo Capital, de perfil híbrido, investe em CRIs e no desenvolvimento de imóveis. Conforme o analista, um atrativo desse fundo é o valor atual da cota negociada na Bolsa, com desconto de 12%.
A terceira recomendação, o Vinci Offices, realizou, na semana passada, a compra da sede da Rede Globo em São Paulo. O valor da transação foi de R$ 522 milhões. Este preço equivale a R$ 13.369 por metro quadrado. A gestora afirmou que o imóvel foi locado pelo prazo de 15 anos.
Pires afirma que o fundo possui “controle de 96% dos imóveis do portfólio, contratos com multas significativas em caso de rescisão antecipada e vínculos de longo prazo”.
Desempenho do índice de fundos imobiliários
Na sessão desta terça-feira (28), o IFIX — índice que abrange os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa de Valores — fechou com aumento de 0,89%, aos 2.768 pontos. Este resultado representa a nova valorização seguida do indicador.
Apenas em dezembro deste ano, o IFIX apresenta alta de 7,35%. Contudo, no acumulado anual, o IFIX apresenta desempenho negativo, com redução de 3,55%.