A Facily, plataforma de social Commerce, acabou de receber US$135 milhões em investimentos em Série D-1, como uma ampliação da rodada da Série D, de US$250 milhões que tinha anunciada no mês passado. Com a nova captação, a plataforma bate a marca de US$1 bilhão de dólares de valoração, a posicionando como o mais novo unicórnio brasileiro.
A rodada foi capitaneada pela Goodwater e Prosus, e contou com a participação da Rise Capital, Emerging Variant, Tru Arrow e outros fundos.
A Facily foi criada em 2018 com a finalidade de possibilitar compras em grupo e proporcionar os melhores preços e produtos multicategorias para os consumidores. A plataforma é voltada para a população mais pobre, trazendo benefícios com frete grátis e pagamento facilitado através do PIX, por exemplo.
Diego Dzodan, um dos fundadores da plataforma, se inspirou em companhias chinesas após uma viagem que fez quando ainda era vice-presidente do Facebook para a América Latina, para criar o modelo de negócios da Facily. Juntam-se a ele, Luciano Freitas e Vitor Zaninotto como fundadores da plataforma.
“O e-commerce brasileiro está focado no topo da pirâmide de consumo, de quem paga os maiores preços, com frete e determinadas formas de pagamento. Na China o modelo funcionou muito bem e aqui, um país cheio de oportunidades, estamos provando que podemos fazer o mesmo”, explicou Dzodan.
A plataforma cresceu de forma expressiva no último ano, e foi tida como o aplicativo de comércio eletrônico de alimentos do mundo que obteve a maior expansão de todos os tempos e uma das plataformas com o crescimento mais acelerado do Brasil, segundo a App Annie.
Por que os produtos são mais baratos
O Facily funciona como uma compra coletiva, em os usuários fazem compras em grupo para que os preços se tornem melhores. O frete também é zerado pois as compras são enviadas para um dos 12 mil pontos de entrega nas nove cidades que a plataforma opera. Desta forma, o cliente final deve retirar a compra ao invés de recebê-la em sua casa.
“Entendemos que ele não se importa com o deslocamento desde que o frete seja grátis”, afirma Dzodan.
Outras estratégias para baratear os preços é retirar alguns intermediários do processo de compra e venda e o não investimento em marketing, um dos fatores que mais encarasse os custos dos e-commerces brasileiros.