Atenção empresas e funcionários! O que muda com Burnout sendo doença de trabalho?

Stress motivado pela sobrecarga de trabalho vira motivo de avaliação na Organização Mundial da Saúde (OMS). Nessa semana, foi informado que a síndrome de Burnout agora vai integrar a lista de doenças motivadas pelo estresse crônico de um trabalho mal administrado. Isso implica dizer que os contratantes podem ser responsabilizados pelo caso.

Há anos se fala sobre a síndrome de burnout e seus impactos na vida dos trabalhadores. Ela é considerada um tipo de doença clínica psicológica que se desencadeia a partir de um grande índice de stress, em sua grande maioria das vezes motivados pelo trabalho.

Devido ao crescimento dos casos, principalmente após a pandemia da covid-19, a OMS informou que a partir do dia 1 de janeiro de 2022 o burnout será tratado de forma diferente, sendo cobrado da empresa para a redução dos casos.

De acordo com o texto da OMS, a doença foi instituída como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Até então, ela era considera ainda como um problema na saúde mental e um quadro psiquiátrico.

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O que muda no mercado de trabalho?

Com tal informação, os empregadores agora devem ficar cada vez mais atentos e reforçar seu time de gestão de pessoas. É preciso manter uma equipe equilibrada, com divisão de tarefas e sem sobrecarga.

Quanto maior a exigência, menor a produtividade e consequentemente a perda dos profissionais. É válido ressaltar que a doença agora pode ganhar ação na justiça, reverberando em indenizações

Em entrevista ao exame, Rui Brandão, médico e fundador do Zenklub, as empresas devem atuar com maior atenção para questões que envolvem a saúde mental de seus colaboradores.

“É necessário trazer elementos para que todos consigam ter consciência mais rápido e prevenir”, diz.

O médico, PhD e professor da Fundação Dom Cabral, Roberto Aylmer, afirmou que a mudança da classificação deve gerar um efeito imediato, reduzindo a cobrança entre os profissionais. Desse modo, espera-se um mercado de trabalho mais saudável ao longo de todo o próximo ano, reduzindo os stress da jornada.

“É claro quando colocam como uma doença relacionada ao trabalho, e não ao trabalhador. O estresse mal administrado se torna um problema crônico relacionado ao local de trabalho e problemas de gestão da empresa”, afirmou para o exame.

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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