Nesta segunda-feira (13), o Congresso vai votar o pagamento do Auxílio Emergencial para pais solteiros. O projeto já foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado. Serão repassados mais de R$2,7 bilhões para cerca de 1,2 milhões de pais solteiros.
Caso seja aprovado na sessão conjunta do Legislativo, o dinheiro deve começar a ser pago aos beneficiários nos próximos dias.
No ano passado, apenas as mulheres monoparentais foram beneficiadas com o pagamento de uma cota dupla do auxílio emergencial, recebendo o valor de R$ 1200 na primeira fase do programa, R$ 600 na segunda fase e R$ 375 na última etapa.
Para ser beneficiada, a trabalhadora deveria estar inscrita no Cadastro Único ou então preencher formulário digital com o CPF da criança dependente.
Porém, o cadastro do aplicativo e do site da Caixa não permitiam que os homens selecionassem a opção de chefe de família. Era verificado ainda, se o beneficiário não tem cônjuge ou companheira, se há pelo menos uma pessoa menor de 18 anos na família, e se não houve concessão de benefício de cota dupla para outra beneficiária ou marcação de chefe de família por outra pessoa no mesmo grupo familiar.
Quando será liberado o pagamento?
O pagamento deste mês de dezembro deve ser pago apenas para os homens que estão cadastrados no aplicativo do Auxílio Emergencial ou no site.
Para os pais solteiros que estão inscritos no Auxílio Brasil, ou no CadÚnico, a cota complementar será liberada somente nos primeiros meses de 2022, de acordo com a Agência Câmara.
A decisão de divisão dos pagamentos, definidos pelo Ministério da Cidadania, se fizeram necessários para escalonar o público-alvo e não prejudicar a capacidade de atendimento nas agências.
O dinheiro será retirado do Bolsa Família. De acordo com o Ministério da Cidadania, houve uma sobra de R$ 9,5 bilhões no antigo programa com a alteração de nome para Auxílio Brasil, e como a previsão orçamentária do programa estava fechada até o fim do ano, sobraram recursos para a movimentação.
Auxílio Emergencial
O auxílio foi criado na pandemia como forma de ajudar os brasileiros que foram afetados, sendo demitidos de seus empregos, autônomos, que precisaram interromper as suas atividades por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Inicialmente, seriam pagas apenas cinco parcelas e o valor seria de acordo com a composição familiar. Porém, por conta do recrudescimento da pandemia, o governo definiu que iria realizar o pagamento por mais dois meses, sendo pago até outubro de 2021.