No último dia 6, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou ao site Poder360 a redução do preço da gasolina para os próximos dias. Em contrapartida, a Petrobras divulgou em comunicado que não antecipa decisões sobre reajuste nos preços dos combustíveis. Para o consumidor restou a dúvida sobre se de fato existirá uma queda ou se o valor deve subir.
Apesar de não detalhar informações sobre o preço, Bolsonaro em sua afirmativa falou que a Petrobras comunicaria ainda essa semana o anúncio, “A Petrobras começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível”, disse o presidente.
O que diz a Petrobrás
Sem citar o presidente, a Petrobras tratou de logo comunicar em nota que as decisões referentes aos preços dos combustíveis não são antecipadas.
Em comunicado ao mercado, a estatal afirmou “A Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes”.
A Petrobras disse ainda que tem como compromisso a prática de preços justos “A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.
É possível o preço da gasolina subir?
Do início de 2021 até o presente momento em que a matéria está sendo escrita, foram 15 mudanças anunciadas nos preços dos combustíveis pela Petrobras, destas 11 aumentos e 4 quedas.
De acordo com o IBGE, até outubro o Brasil registrou um aumento médio de 38% no preço da gasolina. Apesar das especulações, os ajustes dependem diretamente dos valores praticados no mercado internacional.
A tendência no momento é que a Petrobras acompanhe a cotação e reduza o preço dos combustíveis. Entretanto, a fala do presidente pode estremecer a possibilidade, isso acontece se o mercado considerar a fala de Jair Bolsonaro como uma possível interferência indevida na estatal.
De acordo com o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo David Zylbersztajn, as falas do presidente nos últimos meses geraram impactos negativos no câmbio, e a cotação do dólar é levada em consideração na definição do valor dos combustíveis.
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