Pronampe já acabou e empresas temem entrar em dívidas para quitação

O Pronampe, Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, atuou no auxílio do desenvolvimento e mantimento de empresas diante dos impactos da pandemia. Com a economia ainda em crise, as empresas temem entrar em dívidas para quitação.

Após a expansão recorde do crédito, as empresas enfrentam dificuldades para pagar parcelas. A inadimplência que há um ano atrás era de 2% este ano, no mês de agosto, chegou a 3,11%.

Empresas entram no cheque especial

Para as empresas, a modalidade de crédito mais cara é o cheque especial, em contrapartida é a que mais vem sendo utilizada. O cheque especial é uma espécie de empréstimo pré-aprovado disponível para ser usado a qualquer momento.

O banco cede o crédito sem pedir garantia, diferente do empréstimo pessoal, sendo fácil e prático e também por isso, os juros desse crédito são os mais altos. Em outubro atingiu R$ 21,8 bilhões, maior volume desde 2015

Empresas que usaram o Pronampe enfrentam momento delicado

O momento é delicado para empresas que fizeram empréstimo do Pronampe, isso porque, os juros do programa são atrelados às taxa Selic, indo de 2% para 7,75%, e devem continuar subindo ainda mais no ano de 2022.

Uma das alternativas adotadas por empresas como a Caixa Econômica Federal, é a ampliação dos prazo de pagamento, para aliviar o peso das taxas do Pronampe. A Caixa oferta para os clientes (empresas) a possibilidade de prorrogar em até 12 parcelas vencidas ou não do programa.

Através de nota, o Ministério da Economia afirmou que o programa é uma iniciativa do Congresso e por isso, “qualquer revisão/alteração das regras do programa deve partir do Congresso”.

Para o próximo ano, o Pronampe deve ficar bem mais caro para as empresas, uma das consequências é o desencorajamento da retomada de crédito.

As incertezas quanto ao ano de 2022 tornam o cenário ainda mais complicado e com maiores riscos para o mercado de crédito e as empresas. Além do momento crítico economicamente para o país em decorrência da pandemia, a incerteza eleitoral e o desemprego ainda conduzirão o futuro das empresas.  

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