Perspectiva de que Ômicron é mais fraca do que o esperado impulsiona mercados mundiais

“Por enquanto, a falta de comprovação de casos graves e mortes por Covid-19 decorrentes da nova variante Ômicron, podem transformar este possível grande problema em um presente de natal antecipado”. Isto é que diz o epidemiologista Karl Lauterbach, futuro ministro da Saúde da Alemanha. Entenda o que ele quis dizer.

Este pensamento vem ganhando apoio de outros especialistas como o de Anthony Fauci, o mais importante conselheiro médico de Joe Biden, presidente dos EUA. Ele considerou que os primeiros sinais de não gravidade da variante soam como “um tanto encorajadores”.

Segundo ele, as 32 mutações detectadas na proteína Spike, que é utilizada pelo vírus para adentrar as células humanas, podem indicar que a nova variante é mais voltada para infecções do que para mortes. Com isso, a pandemia poderia ter seu fim de forma mais rápida.

O profissional disse ainda que este movimento vai de encontro com a evolução de grande parte dos vírus respiratórios e é bom que o coronavírus tenha atingido esse ponto. 

Desde sua identificação no último mês na África do Sul, não existem relatos de que a nova variante tenha causado formas graves da doença e mortes. Até o momento, os infectados pela Ômicron apresentaram sintomas leves e não foi necessário internação hospitalar.

Ainda não existem estudos suficientes que atestem que as vacinas já existentes são capazes de proteger contra esta nova variante.

Reflexos na economia 

Mesmo sem a confirmação de que a nova variante é mais letal ou contagiosa, existe uma ameaça de que uma onda de doenças se espalhando de um país para outro pode cada vez mais ameaçar a economia do mundo.

Um dos problemas são as restrições de circulação que faz os países bloquearem a entrada de viajantes da região sul da África. Japão e Israel, por exemplo, fecharam suas fronteiras totalmente. 

Em meio a uma economia desequilibrada a presença da variante pode elevar ainda mais a inflação. Outro problema que pode ser causado é a produção para o Natal, período que aquece a economia mundial e que pode sofrer com a falta de insumos e a mobilidade restrita dos consumidores. 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.