Em outubro o brasileiro bateu o recorde no uso rotativo do cartão de crédito, foram cerca de R$ 21,6 bilhões concedidos no mês. Durante os dois últimos anos, em meio a pandemia da Covid-19, foram batidos recordes na concessão de crédito que subiu 21,7%.
O ano de 2022 deve ser um ano difícil para quem procurar obter empréstimos, sendo um ano de maior inadimplência.
Como funciona o crédito rotativo?
O crédito rotativo, nada mais é que o pagamento de apenas uma parte da fatura do cartão de crédito, com isso a parte que não foi paga fica para o mês seguinte.
Desse modo, o crédito rotativo é uma espécie de empréstimo pessoal de curto prazo. O saldo devedor, que é o pagamento que ficou para o mês posterior, deve sofrer ainda o acréscimo de encargos, ou seja, de juros e taxas cobradas.
Recorde do uso rotativo do cartão de crédito
Nos últimos tempos, notou-se entre os brasileiros o maior uso do rotativo do cartão de crédito. O reflexo disso está no recorde batido no mês de outubro, quando foi concedido R$ 21,6 bilhões na modalidade de financiamento.
O uso rotativo do cartão de crédito é o financiamento mais caro do mercado. O recente recorde foi o maior valor da série histórica do Banco Central (BC), sendo 29,9% superior ao mês de outubro do ano de 2019, antes do início da crise gerada pelo coronavírus.
Juros do rotativo
O rotativo do cartão de crédito, assim como o cheque especial, são modalidades de crédito especiais que costumam ser utilizadas em momentos de dificuldade financeira. Em meio a crise econômica intensificada pela pandemia, o rotativo passou a ser ainda mais utilizado pelo brasileiro.
O juros do rotativo é um dos mais caros do mercado financeiro, prova disso está no último mês de outubro, mês do recorde, quando o juros chegou a 343,55% ao ano, a taxa é a mais alta desde 2017.
Do mês de setembro ao mês de outubro, a taxa de juros do cartão de crédito rotativo apresentou uma variação de 339,5% a 343,55% ao ano.