O que fazer quando o Auxílio Brasil tem valor menor que o Bolsa Família

População afirma que está com recebimento inferior no auxílio Brasil. Nas últimas semanas, o ministério da cidadania realizou o pagamento da primeira parcela de seu novo projeto social. Para quem era beneficiário do Bolsa Família, a transição entre os programas afeta o valor das mensalidades, de modo que foi criado uma espécie de abono compensatório. Acompanhe.

O que fazer quando o Auxílio Brasil tem valor menor que o Bolsa Família (Imagem: FDR)
O que fazer quando o Auxílio Brasil tem valor menor que o Bolsa Família (Imagem: FDR)

O pagamento do auxílio Brasil já começou e acaba de ser encerrado em sua primeira rodada. O projeto vem contemplado cerca de 14 milhões de brasileiros e tem o valor máximo de até R$ 217. Para ter acesso a essa quantia, no entanto, há alguns abonos complementares e foi criado também o benefício compensatório destinado ao público do Bolsa Família.

Como funciona o benefício compensatório

Ele tem como finalidade igualar os valores pagos entre o Bolsa Família e o Auxílio Brasil. Quem, nessa primeira rodada, ficou com um salário abaixo da quantia paga pelo BF, ganhou uma espécie de abono para atingir a média de renda.

“Benefício Compensatório de Transição: concedido às famílias beneficiárias do Bolsa Família que tiverem redução no valor a ser recebido em decorrência do enquadramento na nova estrutura de benefícios”, diz o texto do projeto.

Para fazer o cálculo é só avaliar quanto recebeu pelo Bolsa Família em outubro e reduzir o valor pago em novembro, que foi de R$ 217. A diferença entre ambas as tarifas equivale a compensação cedida pelo governo.

O Benefício Compensatório de Transição será encerrado em três hipóteses:

  • o valor total dos benefícios do Auxílio Brasil ficar igual ou maior que o valor recebido pela família no Bolsa Família
  • até que a família não atenda mais os critérios de elegibilidade do benefício
  • quando a família deixar de atender os critérios de permanência no Auxílio Brasil

Lista dos demais benefícios do Auxílio Brasil

  • Benefício Primeira Infância: famílias com crianças de até 3 anos recebem o valor de R$ 130;
  • Benefício de Superação da Extrema Pobreza: jovens de 18 a 21 anos incompletos recebem R$ 65, o intuito é o incentivo para que os jovens concluam a escolarização;
  • Benefício Composição Familiar: para famílias que tenham gestantes, ou pessoas de 3 a 17 anos de idade, ou de 18 a 21 anos matriculados na educação básica. O valor do benefício será de R$ 65 por pessoa, no limite de até cinco benefícios por família;
  • Auxílio Esporte Escolar: estudantes de 12 a 17 anos incompletos que se destacam em competições oficiais do sistema de jogos escolares brasileiros e que são de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil recebem parcela única de R$ 1 mil ou R$ 100 mensais;
  • Bolsa de Iniciação Científica Júnior: para estudantes com bom desempenho em competições acadêmicas. O valor é de 12 parcelas mensais de R$ 100 ou R$ 1 mil em parcela única;
  • Auxílio Criança Cidadã: para o responsável de criança de até 4 anos incompletos que tenha fonte de renda, mas não consiga vaga em creches públicas ou de rede conveniada. O valor é de R$ 200 para crianças matriculadas em período parcial e R$ 300 em período integral;
  • Auxílio Inclusão Produtiva Rural: destinado para agricultores familiares inscritos no CadÚnico. O valor recebido deve ser de R$ 200;
  • Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: destinado para quem comprovar vínculo de emprego formal. Valor recebido deve ser de R$ 200;
  • Regra de Emancipação: para beneficiários que tiveram aumento de renda per capita ultrapassando o limite para a inclusão no auxílio, estes serão mantidos na folha de pagamento por mais 24 meses.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.