- Brasil possui mais de 13 milhões de desempregados;
- Maior índice de desemprego se concentra em Pernambuco;
- Estado com a situação de desemprego mais controlada é o Paraná.
Dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) apontaram que o índice de cidadãos desempregados teve uma queda de 1,6 ponto percentual em comparação ao segundo trimestre de 2021. No trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,6%.
Desta forma, nota-se que houve um recuo de 9,3% no número de brasileiros em busca de um emprego. Isso quer dizer que 13,5 milhões de pessoas ainda não encontraram um posto de trabalho formal, que é a base utilizada na pesquisa. Enquanto isso, o número de trabalhadores mostrou um crescimento de 4%, atingindo 93 milhões de brasileiros.
De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy, o crescimento da taxa de ocupação foi extremamente importante.
Ela ressalta que no terceiro trimestre de 2021 o aumento da ocupação foi significativo, possibilitando até mesmo a inserção de pessoas fora da força de trabalho.
Para quem não sabe, a população fora da força de trabalho é o contingente daqueles que estavam desempregados e que já tinham cessado a busca por emprego. Enquanto isso, a taxa de empregados no mercado de trabalho com idade para trabalhar subiu para 54,1% contra os 52,1% do trimestre anterior.
A Pnad Contínua do IBGE também mostrou como ficou a situação dos desempregados por estados, e o portal FDR reuniu esses dados regionais para você. Confira a seguir!
Estados líderes de desempregados no Brasil
O índice composto por trabalhadores desempregados atingiu patamares expressivos em determinados estados brasileiros. São eles:
- Pernambuco: 19,3%;
- Bahia: 18,7%;
- Amapá: 17,5%;
- Sergipe: 17%.
Em contrapartida, os estados nos quais não existem tantos desempregados são:
- Santa Catarina: 5,3%;
- Mato Grosso: 6,6%;
- Mato Grosso do Sul: 7,6%;
- Rondônia: 7,8%;
- Paraná: 8%.
A taxa de desempregados na região Sudeste caiu de 14,6% no segundo trimestre para 13,1%. Enquanto isso, no Nordeste, a queda foi de 18,3% para 16,4%. O menor índice foi registrado no Sul com 7,5%. Enquanto isso, nas regiões Norte e Centro-Oeste, os registros sobre desempregados chegaram a 12% e 9,8%, respectivamente.
A pesquisa também foi capaz de mostrar que a população de desempregados é concentrada, sobretudo, por negros e mulheres. No que compete aos homens, a taxa é de 10,1% para homens e 15,9% para as mulheres. Ainda assim, ficou abaixo da média para os brancos, em 10,3% e acima para os negros em 15,8% e pardos em 14,2%.
Se tratando da população fora da força de trabalho, os pardos representavam 46,8%, seguidos pelos brancos com 43,1% e pelos negros com 8,9%. Em comparação com o segundo trimestre, a participação dos pardos reduziu enquanto a dos bancos e negros aumentou.
Apesar da queda no número de cidadãos desempregados no terceiro trimestre do ano, o rendimento real dos brasileiros encolheu e aumentou o número de trabalhadores subocupados e informais. Por outro lado, o contingente de trabalhadores exercendo alguma atividade remunerada por conta própria atingiu um novo recorde.
Destaques regionais do desemprego
- Maranhão (17,6%) e Alagoas (15,1%) registram os maiores percentuais de desalentados (pessoas que desistiram de buscar trabalho) e Santa Catarina (0,7%), Mato Grosso (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,4%), os menores;
- Os maiores percentuais de empregados com carteira de trabalho assinada estão em Santa Catarina (89,2%), Rio Grande do Sul (82,9%), São Paulo (81,8%) e Paraná (80,9%) e os menores, no Maranhão (49,6%), Pará (52,0%), Sergipe (52,8%) e Piauí (54,0%);
- Amapá (38,2%), Amazonas (36,4%) e Pará (36,1%) têm as maiores parcelas de população ocupada trabalhando por conta própria e Distrito Federal (21,5%), São Paulo (23,4%) e Mato Grosso do Sul (24,2%), os menores;
- As maiores taxas de informalidade foram no Pará (62,2%), Amazonas (59,6%) e Maranhão (59,3%) e as menores, em Santa Catarina (26,6%), São Paulo (30,6%) e Distrito Federal (31,8%).