Desemprego ainda atinge 13,5 milhões; como lidar com falta de dinheiro no fim do ano?

Pontos-chave
  • Desemprego atinge 13,5 milhões de brasileiros;
  • Trabalho informal cresceu durante a pandemia;
  • Serviço doméstico teve aumento registrado na pesquisa do IBGE.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que a taxa de desemprego caiu para 12,6%. O levantamento se refere ao trimestre encerrado em setembro, mas ainda assim, deixou 13,5 milhões de brasileiros na procura por um posto de trabalho. 

O desemprego superou brevemente o piso de 12,5%, ficando pouco abaixo da média de 12,7%, segundo as expectativas feitas por analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que fixaram o teto em 13,3%.

No mesmo período em 2020, o índice de desemprego havia chegado ao patamar de 14,6%, enquanto o trimestre que terminou em agosto apontou que a taxa de desocupação estava em 13,2%. 

Neste período, a renda média real do trabalhador foi de R$ 2.459 no trimestre encerrado em setembro. O resultado reflete uma queda de 11,10% em comparação ao mesmo período no ano passado. Em comparação ao segundo trimestre notou-se um recuo de 4%.

Enquanto isso, a massa de renda habitual paga aos trabalhadores empregados somou cerca de R$ 223.549 bilhões no trimestre encerrado em setembro, registrando uma queda de 5,7%.

De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, no terceiro trimestre do ano houve um aumento significativo da ocupação, “permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, declarou.

O aumento na ocupação está relacionado às atividades de comércio em 7,5%, ou seja, 1,2 milhão de trabalhadores a mais. No setor industrial o crescimento foi de 6,3% ou 721 mil pessoas, e na construção, 7,3% ou 486 mil trabalhadores. Por fim, o IBGE aponta que os serviços domésticos alavancaram em 8,9% com a soma de 444 mil cidadãos.

Aumento da informalidade

Apesar de a taxa de desemprego ter recuado em comparação ao mesmo período em 2020, nota-se que boa parte dos trabalhadores que saíram desta condição ainda não foram reinseridos no mercado de trabalho formal.

Isso porque, a instabilidade e condições de trabalho impostas em meio à pandemia continuam incertas, seja quanto à remuneração reduzida, jornada instável, acúmulo de atribuições e muito mais. 

Estes fatores levaram ao aumento do mercado de trabalho informal em 40,6%, o equivalente a 38 milhões de brasileiros que saíram da condição de desemprego.

Neste cenário de desemprego e mercado informal, o número de trabalhadores domésticos atingiu 5,4 milhões no trimestre apurado, registrando um aumento de 9,2% desde o início da série histórica da pesquisa realizada em 2012. 

No entanto, a informalidade não se restringe ao setor de serviços domésticos. O número de cidadãos em busca de uma renda fixa ou extra aumentou drasticamente.

Até mesmo quem está empregado começou algum empreendimento nos últimos meses, seja por meio da revenda de produtos como roupas, acessórios, produtos de beleza e higiene, ou através de produção própria. Os caminhos são vários, mas o propósito é um só, conseguir mais dinheiro para ajudar nas despesas de casa. 

Controle das finanças 

Em meio ao desemprego, ainda que tenha havido uma queda no índice do último trimestre, milhares de pessoas permanecem nesta situação. Desempregado ou não, o controle das finanças é extremamente importante e se tornou essencial durante o enfrentamento da pandemia da Covid-19. 

Por isso, a adoção de algumas práticas pode ser extremamente valioso neste momento, a começar pelas despesas de casa. A economia de energia e água que, além de afrouxar o bolso no final do mês, ajuda no fornecimento do país que enfrenta outra crise, a hídrica. Evitar gastos desnecessários seja no supermercado, com vestuário ou outros itens supérfluos. 

Por fim, no caso dos inadimplentes, a busca pela negociação das dívidas é de suma importância. Frequentemente, vários feirões de negociação são realizados por instituições financeiras e semelhantes, com o objetivo de ajudar os cidadãos a colocarem as finanças em dia.

A vantagem é que essas ações normalmente oferecem grandes descontos, tornando a negociação ainda mais atrativa. 

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.