Em uma atitude desesperada para obter respostas para questionamentos feitos por apoiadores em torno do Minha Casa Minha Vida, o presidente Jair Bolsonaro fez uma ligação inusitada para os ministros do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura.
Na ocasião, Bolsonaro estava em companhia de apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, quando recebeu a reclamação de que as casas construídas por meio do programa foram abandonadas pelo Governo Federal.
Foi então que Bolsonaro solicitou que seu assessor ligasse para o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, chefe da pasta responsável pelo Minha Casa Minha Vida, atual Casa Verde e Amarela.
No telefone, o presidente contou sobre os relatos que acabara de ter conhecimento, informando o ministro de que cerca de quatro mil casas do programa estão paradas há sete anos, sofrendo com as degradações do tempo.
Em resposta, o ministro disse estar ciente e que se tratam de casas situadas em São Luís, capital do Maranhão, e que por alguma razão, o Governo Federal barrou essas casas.
Bolsonaro pediu que o ministro “dê uma olhada” no caso. Marinho explicou que existe uma disputa judicial entre o Governo Federal e a construtora contratada para realizar as obras do residencial que ainda não foi finalizado.
Ele também informou que as construções do Minha Casa Minha Vida seriam retomadas assim que o Congresso Nacional aprovasse um Projeto de Lei (PL) que dispõe sobre o tema.
E não parou por aí, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, também recebeu uma ligação do presidente, mas dessa vez, a pauta foi outra.
A demanda foi a estrada que liga os Estados de Goiás e Mato Grosso, trecho que há tempos segue em obras, com previsão de ‘tomar corpo’ somente no ano que vem.
Trata-se da obra na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), cuja previsão para conclusão é de cinco anos. O questionamento partiu de uma vereadora do município de Água Boa, no Mato Grosso, cidade afetada pela obra.
Em resposta ao questionamento da mulher e do presidente, o ministro disse que “essa obra vai tomar muito impulso no ano que vem. A gente foi lá lançar a Pedra Fundamental, nessa ligação de Água Boa até Mara Rosa e no ano que vem ela toma corpo”, explicou. A promessa do ministro foi de que a obra será concluída em quatro anos.