Na última quinta-feira (18), gingantes países asiáticos informaram que consideram liberar petróleo de suas reservas estratégicas. Isso ocorre após um pedido dos EUA para uma ação coordenada. A ação visa desacelerar os valores globais de energia. A informação foi levantada pela Reuters.
O ato do país norte-americano reflete a frustração com a Organização do Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, como a Rússia. Estes recusaram as solicitações de Washington para aumentar a produção de petróleo enquanto a economia global se recupera da pandemia de covid-19.
O governo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, solicitou que grandes compradores de petróleo — como Japão, Índia e China — avaliassem a liberação de estoques de petróleo bruto.
Após relatos da agência de notícias, e a decisão da China de liberar algum petróleo, os valores do petróleo diminuíram aproximadamente 4% na última quarta-feira (17). Esta foi uma mínima de seis semanas.
Anteriormente, os Estados Unidos e aliados já tinham coordenado a liberação de reservas estratégicas de petróleo. Em 2021, foi um exemplo, quando o abastecimento foi impactado por uma guerra na Líbia, que faz parte da Opep.
À Reuters, o bureau de reservas estatais da China informou que tem trabalhado na liberação de suas reservas de petróleo bruto. De qualquer modo, não foi comentado acerca da solicitação dos Estados Unidos.
Desafio inédito diante do pedido dos EUA de liberação de petróleo
Pela primeira vez, a proposta atual dos Estados Unidos envolve a China. Por conta disso, a Opep passa por um desafio inédito. Este cartel influencia os valores do petróleo há mais de cinco décadas.
Caso esta nação asiática esteja agindo em coordenação com outros países, será a primeira vez. Este dado foi indicado pelo analista da consultoria SIA Energy, de Pequim, Sengyick Tee.
Como forma de estabilizar os valores da energia, em setembro, a China lançou o primeiro leilão público de reservas estatais de petróleo bruto para um grupo específico de refinadores domésticos.
Segundo fontes à Reuters anteriormente, o presidente dos Estados Unidos e seus principais assessores conversaram sobre a possibilidade de uma liberação coordenada de petróleo armazenado — com nações aliadas próximas, nas últimas semanas.