Inflação no mundo: Por que tivemos uma disparada dos preços em quase todos países em 2021?

A inflação é um problema que esta atingindo o mundo todo, porém no Brasil, ela deve fechar 83% mais alta que em outros países, de acordo com um levantamento do (Ibre/FGV).

Paulo Guedes, ministro da economia, disse que a alta na inflação é um problema mundial e que por conta disso, o Brasil não fugiu do habitual.

“Países que tinham zero de inflação, agora estão em 4%, 5%. Países que tinham 4%, 5%, agora estão em 8%, 9%. Isso acontece, mas tem de haver resposta política”, disse Guedes.

Projeções 

A projeção do FMI é que a inflação do Brasil feche o ano em 7,96%  no acumulado de 12 meses até o mês de setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 10,25%.

Caso esta expectativa se torne real, o Brasil irá registrar uma inflação bem maior que a apurada entre os países de emergentes, com uma média 5,8%, e também da média mundial, que deve ser 4,8%.

Problema global com a inflação 

Praticamente todos os países estão lidando com alta nos preços ao longo deste ano. Após o período mais crítico da pandemia, cotação das commodities cresceu e se juntou  ao descompasso nas cadeias de produção e ainda a crise parou ou diminuiu a produção em muitos setores industriais por conta desta paralisação, o mundo sofre com a escassez de produtos.

“O mundo está se recuperando mais rapidamente por causa dos estímulos fiscais adotados pelas grandes economias. São investimentos importantes para aquecer a atividade”, afirma Braz. “Mas o efeito colateral desse aquecimento rápido é uma busca muito grande por recursos de commodities, como petróleo e carvão.”

O quadro alarmante da inflação pelo mundo fica mais clara com o aumento das projetos do FMI, utilizando os relatórios dos meses de outubro do ano passado e setembro de 2021. 

No Brasil, a situação piora por conta da desvalorização do Real: com o Governo Federal fazendo mais dívidas, como por exemplo para bancar o Auxílio Emergencial, a moeda brasileira acaba se desvalorizando frente aos pares e, com isso, há mais dificuldade na hora de se importar produtos.

Em 2020, o Real foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo. No fim de 2019, para se comprar um dólar, bastava cerca de R$ 4. Hoje, a cotação da moeda americana está em R$ 5,60.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.