Novos planos para o PIX incluem transações offline e internacionais

Pontos-chave
  • PIX completou um ano e novas funcionalidades estão chegando;
  • Sistema bateu recorde diário de transações no início do mês;
  • PIX Saque e Troco começam a operar no próximo dia 29.

O PIX, ferramenta de pagamentos desenvolvida pelo Banco Central completou 1 ano de funcionamento nesta terça,16. Mirando agora no futuro, o PIX poderá ser utilizado em operações sem conexão com à internet e em transações internacionais, segundo Roberto Campos Neto, presidente do BC. Mas, todas estas novidades ainda não possuem um prazo para começarem a vigorar. 

Novos planos para o PIX incluem transações offline e internacionais
Novos planos para o PIX incluem transações offline e internacionais (Imagem: Montagem / FDR)

O anúncio das novidades foi feito durante o discurso de Roberto em um evento especial promovido pelo BC para comemorar o aniversário de um ano do PIX.

Ele afirmou que a ferramenta de pagamento ainda não atingiu todo potencial que é capaz. “O uso do QR Code ainda depende de melhor assimilação da tecnologia pelos usuários”, disse.

Mesmo que algumas funcionalidade do PIX sejam dependentes da evolução tecnológica, Campos Neto disse que a evolução do sistema de pagamentos instantâneos, que opera 24 horas por dia e que permite a transferência de valores entre contas de instituições financeiras diferentes, já é revolucionário.

“A realidade superou as expectativas. O uso do Pix aumenta mês após mês. A velocidade de adoção é a mais rápida do mundo”, destacou.

Até o final do último mês, cerca de 7 bilhões de transações foram efetuadas via PIX, o que movimentou R$4 trilhões. No último dia 5 de novembro, o sistema bateu o recorde de diário de transações, com 50.045.289. 

Ao final do mês de outubro, o PIX tinha 348,1 milhões de chaves cadastradas por 112,65 milhões de usuários, sendo 105,24 milhões de pessoas físicas e 7,41 milhões de pessoas jurídicas. No total, 62,4% da população com mais de 18 anos utilizou a ferramenta para enviar ou receber valores. 

Neste período, eram 762 instituições financeiras cadastradas para operar o PIX e 87 em etapa de adesão. Entre essas instituições, estão os bancos, financeiras, instituições de pagamento, cooperativas de crédito e fintechs.

Em apenas um ano de lançamento, a ferramenta do BC, em quantidade de transações, ultrapassou os meios de pagamento tradicionais. Foram superados o TED (Transferência Eletrônica Disponível) e o DOC (Documento de Ordem de Crédito), no início deste ano. Já em março, o PIX ultrapassou o uso dos boletos bancários. 

PIX saque e troco

Ainda neste mês, mais precisamente no dia 29, começam a operar as novas funcionalidade do sistema de pagamentos: PIX Saque e PIX Troco. 

  •  Saque

Esta função permitirá que os usuários de qualquer instituição que participa do PIX efetuem saques em dinheiro em um dos pontos que oferecem o serviço.

Este serviço é válido para estabelecimentos comerciais, redes de caixas eletrônicos compartilhados e participantes do PIX com caixas eletrônicos próprios.

Para utilizar a novidade, o cliente deve fazer um Pix para o agente de saque, de maneira parecida à uma transferência normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou no aplicativo.

  • Troco

Nesta função, o processo é bem parecido. A diferença é que o saque em espécie pode ser feiro durante o pagamento de uma compra em algum estabelecimento.

Já nesta modalidade, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque). No extrato do cliente é possível conferir o valor correspondente ao saque e ao valor de sua compra.

Mecanismo Especial de Devolução

Em seu aniversário de um ano, o PIX, ferramenta de pagamentos do Banco Central, começa a contar com o Mecanismo Especial de Devolução. Ele vem para facilitar o estorno de valores caso seja detectada uma suspeita de falha operacional ou fraude.

Esta novidade já havia sido anunciada em junho pelo BC e agora em vigor, se junta as outras medidas de segurança do sistema.

  • Como funciona?

A ideia é que o valor seja devolvido pela própria instituição em que o recebedor mantém conta, seja por vontade própria ou através de um pedido da instituição em que o pagador tem conta. Já existe um mecanismo semelhante, porém, ele só funciona caso o recebedor perceba algum erro.

Com esta novidade, apenas em casos de “fundada suspeita de fraude” ou em falhas operacionais, é que o valor será devolvido. Caso se trate de uma transferência por engano, o valor pode ser estornado pelo usuário recebedor.

O usuário que receber valores indevidamente, seja através de fraude ou de uma falhas operacionais, precisa ser notificado do débito em conta e a transação deverá aparecer no extrato de movimentações.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.