Drogasil, Drogaria São Paulo e outras acusadas de violar dados dos consumidores

Farmácias são investigadas por uso inapropriado de dados. Nessa semana, uma reportagem especial do jornal O Globo relevou que os principais grupos de drogaria do país foram notificados por violar a proteção de dados dos consumidores atendidos. Entre as marcas estão a Dograsil, Drogaria São Paulo e Pague Menos.

A solicitação de documentações pessoais na hora de pagar uma conta no caixa de uma farmácia é uma prática comum no Brasil. No entanto, os clientes devem ficar atentos para onde estão indo seus dados.

Após uma denúncia, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) passou a investigar as cinco das principais redes de drogarias do país por violar a proteção da população.

Drogarias em investigação

Segundo a reportagem do Globo, quem está sendo investigadas são as marcas Raia Drogasil, Drogarias Pacheco, Drogaria São Paulo, Pague Menos e Panvel. O motivo do processo é por falta de transparência no processo de obtenção e tratamento das informações pessoais fornecidas pelos clientes.

Todas elas terão até dez dias para prestar esclarecimentos, mas até o momento nenhuma se pronunciou. As notificações judiciais já foram enviadas às empresas pela Secretaria, que é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

É válido ressaltar que o Brasil passou a aplicar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), na qual solicita que a coleta de dados do cidadão tenha todo o seu processamento e armazenamento garantido e transparência.

Suspeita-se que os dados estavam sendo comercializados para favorecimento das próprias redes.

Vazamento de dados já tinha sido notificado

Ainda segundo o jornal Globo, o Procon e demais entidades em defesa do consumidor já tinham notificados as drogarias pelo uso indevido dos dados. Em muitos casos, o cliente é obrigado a passar o número de seu CPF como condição única paga o pagamento.

Em uma avaliação preliminar, a Senacon afirmou que a prática, apesar de corriqueira no mercado, é abusiva e deve ser penalizada. Diante do ocorrido, as marcas terão que esclarecer como estão tendo acesso aos dados e o que fazem com todas essas informações.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.