Selic em alta! Afinal, o que o seu bolso tem haver com isso?

A projeção para a taxa básica de juros, Selic, para 2022 avançou para 11% ao ano. A apenas um mês, o número estava em 8,75% ao ano. A nova projeção é do Boletim Focus do Banco Central, e que foi divulgado nesta segunda, 8. Ela reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.

Para 2021, foi mantida pelo mercado a estimativa de que a Taxa Selic feche o ano em 9,25% ao ano. Para tal projeção, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve elevar a taxa em 1,5 ponto percentual, saltando dos atuais 7,75% ao ano. A última reunião do Comitê será realizada em dezembro.

Este crescimento na expectativa da Selic acontece em meio ao avanço das estimativas para a inflação. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial do Brasil, esta com uma previsão do mercado financeiro em 9,33% este ano e de 4,63% no ano que vem. No último mês, as previsões eram de 8,59% e 4,17%, respectivamente.

Segundo a meta de inflação fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), o IPCA não deveria passar dos 5,25% em 2021. O centro da meta é de 3,75%, porém, a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos da brecha para que o índice fique entre 2,25% a 5,25%. A Selic é a ferramenta mais importante da autoridade monetária de controle inflacionário.

Ao passo que as previsões para a inflação de 2021 e 2022 crescem, as projeções para o crescimento econômico do país nos dois períodos diminuem. 

A média das previsões dos agentes financeiros para o PIB (Produto Interno Bruto) 2021 diminuiu de forma leve para 4,93%. Já para o próximo ano, o crescimento aguardado já é de alta de 1% na atividade econômica.

Selic

No Brasil, a taxa Selic é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais.

Ela é obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.