Os aumentos seguidos no preço dos combustíveis e do gás de cozinha, vem beneficiando o Caixa da União. Por conta deles, os cofres do governo federal estão mais cheios e até o fim deste ano, devem ser arrecadados R$70,1 bilhões.
Adriano Pires, sócio fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), foi o responsável por fazer este cálculo.
“O governo está numa posição muito confortável. Nunca arrecadou tanto na área de óleo e gás como hoje em dia”, disse.
Através da arrecadação, royalties e dividendos, o governo sai ganhando nestas três frentes:
- R$ 15,2 bilhões através da arrecadação de PIS e Cofins até Estes são os impostos federais que recaem sobre os combustíveis.
- R$ 23 bilhões com dividendos da Petrobras. Aqui o governo recebe uma parcela do lucro que a estatal distribui para os acionistas
- R$ 31,9 bilhões com participação especial e royalties previstos até o fim de 2021. Esse valor é pago pelas petroleiras à União para ter ganhar o direito de explorar o petróleo
Considerando todo o ano passado, a União arrecadou R$36,2 bilhões com o PIS COFINS dos combustíveis, dividendos da Petrobras e com a participação especial e royalties.
Preço dos combustíveis
O Brasil enfrenta neste ano um período de aumentos consecutivos no preço dos combustíveis.
Quem frequenta os postos de combustível pelo país, já encontra a gasolina com o preço médio que chega a R$ 6,710, do diesel em R$ 5,339, e o do etanol é de R$ 5,294, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Seguindo esta linha, o preço do gás de cozinha também está em alta. O botijão de 13 quilos, comum na casa dos brasileiros, está custando R$ 102,48.
O Congresso aprovou recentemente um projeto que concebe um auxílio gás para famílias de baixa renda, porém para começar a vigorar ainda é necessária aprovação do presidente Jair Bolsonaro.