- Preço da cesta básica tem outro aumento;
- População paga 30% a mais do que no mesmo período em 2020;
- Brasil volta ao mapa da fome sem assistência social do governo.
Valor da cesta básica permanece em crescente preocupando ainda mais a população. Na última semana, uma pesquisa relevou que o preço dos alimentos teve um reajuste de 30% somente neste ano. Trata-se de um dos maiores percentuais da história, fazendo com que o Brasil volte ao mapa da fome.
Fazer feira nos tempos de hoje tem sido motivo para grandes dores de cabeça. De acordo com os levantamentos realizados pelo Dieese, o valor da cesta básica subiu em 31,65% durante os últimos meses.
Há regiões em que os produtos são vendidos acima da média do salário mínimo que se releva cada vez mais insuficiente.
Cesta básica em crescimento contínuo
A região com o maior encarecimento foi Brasília, que contabilizou um reajuste anual de 31%. Houveram ainda outras capitais como Campo Grande (25,62%), Curitiba (22,79%) e Vitória (21,37%), que se destacaram nos acréscimos totais de 2021 segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo órgão em 17 capitais.
Taxações por regiões
Durante o mês de outubro, os estudos Dieese relevaram que Recife teve uma baixa minimamente significativa. A população pode comprar seus alimentos em 0,85% mais baratos. Já capitais como Vitória (6,00%), Florianópolis (5,71%), Rio de Janeiro (4,79%), Curitiba (4,75%) e Brasília (4,28%) lidaram com o encarecimento.
O local onde a cesta vem sendo vendida com o maior preço é Florianópolis (R$ 700,69), seguida pelas de São Paulo (R$ 693,79), Porto Alegre (R$ 691,08) e Rio de Janeiro (R$ 673,85).
Já nas capitais do Norte e do Nordeste, Aracaju (R$ 464,17), Recife (R$ 485,26) e Salvador (R$ 487,59) registraram os menores custos. No entanto, é válido ressaltar que ainda abaixo na listagem, os preços são mais altos que aqueles aplicados no mesmo período de 2020.
Salário mínimo sem força
Diante do encarecimento dos alimentos, os estudos Dieese afirmam que o atual salário mínimo deveria ser de R$ 5.886,50. O valor é o suficiente para manter uma família de até quatro pessoas.
Atualmente o piso nacional em vigor é de R$ 1.100, 5,53 vezes menor que a quantia necessária. Para 2022 a equipe econômica do governo federal já informou que o reajuste será também insignificativo, aumentando o valor do piso para R$ 1.200.
O que justifica a baixa no piso nacional é a necessidade de redução de despesas por parte da União. A cada R$ 1 ajustado no salário, o governo passa a ter bilhões em despesas uma vez em que ele é utilizado como base para determinar o pagamento dos abonos do INSS e dos demais direitos trabalhistas.
Questionado sobre a insuficiência do piso nacional, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que a crise não é tão grande quanto a mídia informa. Para ele, o momento de aperto é necessário para garantir o desenvolvimento econômico do país.
Brasil volta ao mapa da fome
Diante de tamanha inflação, o Brasil voltou a fazer parte do mapa da fome. Milhares de cidadãos encontram-se nas margens da pobreza e da extrema pobreza e sem acesso aos programas sociais.
Com o fim do Bolsa Família, estima-se que em torno de 30 milhões de cidadãos ficarão desabrigados, sem garantia de alimentação, saúde e moradia, sendo estes direitos básicos garantidos na constituição.
O novo projeto, intitulado de Auxílio Brasil, deverá começar a ser pago a partir do próximo dia 17, para 17 milhões de pessoas, não sendo visto como uma medida eficaz diante do atual cenário de crise social e humanitária.
Calendário do Auxílio Brasil
Final do NIS | Novembro | Dezembro |
1 | 17/nov | 10/dez |
2 | 18/nov | 13/dez |
3 | 19/nov | 14/dez |
4 | 22/nov | 15/dez |
5 | 23/nov | 16/dez |
6 | 24/nov | 17/dez |
7 | 25/nov | 20/dez |
8 | 26/nov | 21/dez |
9 | 29/nov | 22/dez |
0 | 30/nov | 23/dez |
Quem será contemplado pelo Auxílio Brasil
- Famílias em condição de extrema pobreza (renda mensal de até R$ 89 por pessoa, segundo o padrão atual do governo)
- Famílias em condição de pobreza (renda mensal entre R$ 89 e R$ 178 por pessoa, segundo o padrão atual do governo) com gestantes ou pessoas com idade até 21 anos