O salário mínimo do próximo ano, 2022, terá um reajuste maior do que o previsto pelo governo. Isso deve acontecer por conta da revisão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, que saltou de 8,4% para 9,1%.
Com esse novo valor, o salário mínimo pode chegar ao valor de R$1.200, ou seja, um aumento de R$ 31 sobre a previsão anterior que já consta na Lei Orçamentária enviada para o Congresso Nacional de R$1.169.
Em entrevista concedida a CNN, o novo secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, informou que a revisão foi feita para validar as previsões para as contas públicas apresentadas pela nova equipe da Economia na última sexta-feira (29).
Na mesma ocasião, foram divulgados pelos novos secretários os efeitos da PEC dos Precatórios, o qual muda o cálculo do teto de gastos e para o pagamento das dívidas judiciais a partir do ano que vem.
Os maiores impactos no orçamento federal será no valor do salário mínimo,que também muda os valores dos benefícios sociais e sobre a aposentadoria.
A cada R$1 de alta no piso, a despesa pública sobe cerca de R$ 355 milhões segundo cálculos da equipe econômica. A revisão do Índice de inflação deve gerar impacto de R$ 11 bilhões no ano que vem.
De acordo com a regra do teto de gastos, o limite do setor público federal é reajustado pelo IPCA do mês de junho do ano anterior. Já as outras despesas, como é o caso do salário mínimo, devem ser corrigidas pelo INPC do ano calendário, que vai de janeiro a dezembro.
INPC
O índice é chamado de inflação da baixa renda, o INPC é usado para a correção do poder de compra dos salários. Para que isso seja realizado, é levado em conta as variações de preços da cesta de consumo da população que é assalariada com o mais baixo rendimento.
O índice de preços tem como unidade de coleta os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e internet. Além disso, a pesquisa abrange as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos.