PEC dos Precatórios foi aprovada em 1° turno; o que muda na legislação?

PEC dos precatórios é aprovada na Câmara dos Deputados. Na madrugada desta quinta-feira (04), os parlamentares se reuniram para validar o texto base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. Ele tem como finalidade viabilizar verbas para que o governo consiga custear o Auxílio Brasil. Acompanhe os detalhes.

PEC dos Precatórios foi aprovada em 1° turno; o que muda na legislação? (Imagem: FDR)
PEC dos Precatórios foi aprovada em 1° turno; o que muda na legislação? (Imagem: FDR)

Com 312 votos a favor e 144 contra a PEC dos Precatórios foi aceita na Câmara. Seu texto sugere que o governo federal possa adiar o pagamento de suas dívidas reconhecidas pela justiça, de modo que permita o financiamento do Auxílio Brasil.

“Tivemos importantes 25 votos de partidos de oposição, de PSB e PDT”, afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defensor e patrocinador da proposta.

Apesar da aceitação, será preciso ainda votar os chamados destaques, que funcionam como sugestões pontuais para alterar no texto principal. A revisão será feita no segundo turno que acontece na próxima terça-feira (09).

Se for novamente validado, o texto seguirá para o Senado, onde também necessitará de aprovação em dois turnos.

Sugestões de mudanças

A principal polemica do projeto é a flexibilização no pagamento dos precatórios relacionados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), o atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Se a alternativa for aceita, significa que a educação pública perderá um investimento de cerca de R$ 16 bilhões, afetando os professores que aguardam por seus pagamentos. Como alternativa, O deputado Motta sugeriu parcelar, em três vezes, as dívidas ao Fundef — 40% em 2022, 30% em 2023 e 30% em 2024.

“O Fundef é priorizado na PEC (três parcelas, sendo a primeira de 40%), sim, mas tem uma fila a ser respeitada e há um limite sendo instituído pela mesma PEC. Se algum deputado foi sensibilizado por este argumento, fica aqui essa informação”, escreveu em uma rede social.

“Nós não fazemos nada antirregimental”, disse. “Até o início da votação, o relator pode apresentar [emendas]. Se não, nós não estaríamos fazendo“, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.