Drama e medo de famílias pobres que ficarão sem auxílio emergencial

Brasileiros aguardam ajuda do governo em plena fome. Nessa semana, uma reportagem especial do portal O Globo contou a história de algumas famílias que, sem o auxílio emergencial, não conseguem entrar no Auxílio Brasil. Para esse grupo o fim do ano é de miséria e pobreza.

Drama e medo de famílias pobres que ficarão sem auxílio emergencial (Imagem: FDR)
Drama e medo de famílias pobres que ficarão sem auxílio emergencial (Imagem: FDR)

Desde a chegada da pandemia do novo coronavírus, os brasileiros passaram a sentir os impactos financeiros da falta de gestão do governo federal.

Para além do vírus que matou mais de 600 mil pessoas, é preciso lidar ainda com a fome enquanto os indicativos econômicos registram uma das maiores inflações da década. Ainda assim, o auxílio emergencial foi cancelado.

Realidade das famílias sem o auxílio emergencial

Rubia Santos, de 41 anos, mora com seus filhos na Zona Sul de São Paulo. Na sua residência há 5 pessoas, estando duas desempregadas e com um bebê de 2 anos. Todos se encontram desempregados e agora não sabem como irão por comida na mesa.

Meu marido trabalhava como segurança e perdeu o emprego. Meu filho, de 19 anos, e minha filha, de 22, também estão desempregados. Consegui um emprego para ganhar R$ 1.250, mas mal dá para pagar aluguel, luz, contas e comprar comida — disse a paulistana em entrevista ao Globo.

Ela explicou ainda que vem tentando entrar no Bolsa Família, mas que não obteve sucesso até o momento. Sem justificativa, mesmo atendendo a todos os critérios de concessão, o governo federal não libera seu acesso. Juntamente a Rubia, há mais de 1 milhão de pessoas nas filas de concessão do projeto.

Cadúnico tem entrada suspensa

Assim como Rúbia, Maria Eduarda Santos, mãe de uma menina de 2 anos, tenta se vincular aos projetos sociais do governo. Ela recebia R$ 150 do auxílio emergencial, mas agora precisará se desdobrar para sustentar a filha.

— Com R$ 150, eu conseguia comprar o leite da minha filha e ajudar na despesa da casa, mas agora não sei como vai ser, porque não estou inscrita no CadÚnico (cadastro de programas sociais do governo federal) e não consigo agendamento — diz Eduarda.

Ainda não há uma previsão para que o governo autorize a entrada de novas pessoas do Cadastro Único. Atualmente, espera-se que 17 milhões de pessoas passem a ser contempladas com o Auxílio Brasil.

No entanto, o número não corresponde nem a metade da população que caiu nas margens da pobreza e extrema pobreza.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.