- Leilão do 5G, balanços bancários, ata do Copom, estão entre os assuntos da semana
- Preços dos combustíveis serão debatidos
- Leilão do 5G será iniciado pela Anatel
A semana começa com diversos assuntos no radar. Entre eles, o leilão do 5G, balanços bancários, ata do Copom, e muitos mais. Confira logo abaixo os cinco assuntos que merecem nossa atenção nos próximos dias.
Ata do Copom
O mercado irá em busca de mais detalhes na ata a respeito dos pontos do comunicado do Copom visto como dovish, o que inclui a divida do foco da política monetária entre os anos de 2022 e 2033.
O tom do Banco Central sobre os riscos inflacionários e fiscais foi tido como menos enfático por alguns analistas. A ata será divulgada de maneira excepcional às 7h00, antes da participação de Roberto Campos Neto, presidente do BC, em um evento da COP-26.
O Boletim Focus que será divulgado hoje, pode apresentar maiores projeções para a taxa Selic e para inflação, refletindo também o IPCA-15, que superou as expectativas. Para esta semana também se espera a produção industrial de setembro e os números de outubro da balança, Fenabrave, PMI manufaturas, IPC-Fipe e IPC-S.
Fomc, BOE, payroll
Ao passo que a ata do Copom pode mover o mercado local no início da próxima quarta, na parte da tarde, o foco ficará em cima da decisão do Fomc, seguida por fala de Powell. Deve ser anunciado por Fed o inicio do encerramento do programa de títulos implementado desde 2020.
Na quinta, será o momento do Banco Central britânico realizar sua reunião. Falas de dirigentes do BCE podem sinalizar apertos monetários. Os Estados Unidos também irão divulgar dados relevantes como o payroll de outubro, que sai na sexta e a estimativa de 400.000 novas vagas. A China divulgará PMIs da indústria e serviços, com potencial de afetar mercados na segunda.
PEC e programa social
Por conta da falta de quórum seguro para a base governista, a votação da PEC dos precatórios na Câmara ficou para o dia 3 de novembro.
O governo vem passando por dificuldades para aprovar a emenda, que propicia que o novo programa social Auxílio Brasil comece a vigorar. Isto causou uma insegurança no mercado que teme o abandono da PEC e adoção de medidas ainda mais negativas para os cofres públicos.
Estariam entre as opões, a prorrogação do auxílio emergencial, através do crédito extraordinário, ou ainda a decretação do estado de calamidade, de acordo com os jornais. Os Caminhoneiros mantém a chamada de greve para hoje, porém, sem o fechamento de estradas.
Petrobras
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, disse que vai se encontrar com a presidência da estatal e com governadores nesta semana para debater os preços dos combustíveis. Pacheco disse que o Fundo equalizador e a política de preços ligada ao câmbio estará na pauta.
Jair Bolsonaro disse que o governo está buscando uma forma de alterar a legislação que trata dos reajuste do preço da estatal. O presidente voltou a criticar o fato do preço do combustível estar ligado ao dólar e afirmou que a “Petrobras tem que ser uma empresa que dê um lucro não muito alto como tem dado”.
Gustavo Montezano, presidente do BNDES, afirmou que a discussão a respeito da a privatização da Petrobras é “muito produtiva” e “saudável”,porém, que até agora, nada mais do que isso.
O BNDES que coordenou diversos processos de privatização durante o governo de Jair Bolsonaro, não foi notificado oficialmente pelo governo para dar início a qualquer ação a respeito, disse ele.
Leilão do 5G
No dia 4, quinta-feira, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fará a maior oferta de espectro da história ao licitar as radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz de acesso móvel. Este leilão irá movimentar por volta de R$50 bilhões. Deste montante, segundo a Anatel, R$ 3 bilhões irão para os cofres do Tesouro, caso todos os lotes sejam arrematados.
Quinze interessados entregaram toda a documentação para participar da oferta. O Itaú, dia 3, e Bradesco, dia 4, estão na safra de balanços, que inclui ainda na semana CSN, GPA, Rede D’Or e Embraer, e outros.