Guedes vê cargo tremer ao colocar Auxílio Brasil na frente da economia

Após conversa com Bolsonaro, ministro da economia concede entrevista temendo perder seu cargo. Na última sexta-feira (22), Paulo Guedes passou a se mostrar abatido com a responsabilidade de implementar o Auxílio Brasil. Desde o anuncio do projeto, o gestor da pasta econômica vem buscando por alternativas para respeitar o teto orçamentário.

Guedes vê cargo tremer ao colocar Auxílio Brasil na frente da economia (Imagem: FDR)
Guedes vê cargo tremer ao colocar Auxílio Brasil na frente da economia (Imagem: FDR)

O clima de amizade entre Paulo Guedes e Jair Bolsonaro está cada vez mais delicado. Com o lançamento do Auxílio Brasil, a popularidade do ministro da economia entrou em declínio no governo federal. Mediante recusa do mercado financeiro e dos próprios parceiros políticos, Guedes teme perder o cargo.

Quais as dificuldades do Auxílio Brasil?

Para Guedes o maior desafio em implementar o novo projeto é justamente encontrar brecha no orçamento da União. A previsão é de que o Auxílio Brasil custe mais que R$ 50 bilhões, gerando assim um buraco no teto orçamentário delimitado pelo Congresso.

Diante disso, sob forte pressão do presidente Bolsonaro, da mídia e da população, Guedes vem buscando alternativas para financiar a pasta. Ele já sugeriu a postergação dos precatórios, uma reforma tributária e outra administrativa, mas nenhuma de suas medidas são bem quistas.

Desse modo, está lhe faltando opções para que o novo programa passe a operar. É válido ressaltar que o Auxílio Brasil foi adotado por Bolsonaro como sua principal estratégia de reeleição em 2022.

É por meio do programa que o gestor espera recuperar sua popularidade e estreitar laços com a população vulnerável que até o momento, em grande maioria, recusa seu mandato.

Qual a probabilidade de Guedes ser demitido?

Com tal cenário instável, muitos jornalistas e analistas políticos passaram a avaliar as chances de uma demissão do atual chefe econômico do país. Contudo, não é de se esperar que Bolsonaro tire do cargo o seu maior aliado político em todo o seu mandato.

Porém, não se sabe se o próprio Guedes irá suportar a pressão de suas decisões. Nos últimos dias os integrantes de sua equipe, secretários e demais gestores da pasta econômica, pediram demissão, fazendo com que o chefe passasse a caminhar sozinho nas decisões referentes ao Auxílio Brasil.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.