Vacina da COVID-19: Metade dos brasileiros completa esquema e calendários avançam

Pontos-chave
  • Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 150 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina da COVID-19;
  • Desse número, 100 milhões estão com o esquema vacinal completo;
  • No Brasil são mais de 150 milhões de brasileiros com a primeira dose, o que corresponde a 72%;

O Brasil ultrapassou 100 milhões de pessoas totalmente vacinadas com a vacina da COVID-19. E agora mais um lote, com 1.263.600 doses da vacina Comirnaty, chegou nesta quinta-feira (21), no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

A aeronave com as doses chegou de Amsterdã, na Holanda. Esse é o sétimo lote do segundo contrato entre a farmacêutica Pfizer e o Governo Federal. A previsão é a entrega de 100 milhões de doses da Vacina da COVID-19 até dezembro.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 150 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina da COVID-19. Desse número, 100 milhões estão com o esquema vacinal completo, seja com as duas doses ou com a dose única da Janssen.

Em comparação com os Estados Unidos, de acordo com o site Our World In Data, que junta dados da pandemia, 65% dos americanos tomaram a primeira dose da vacina. No Brasil são mais de 150 milhões de brasileiros com a primeira dose, o que corresponde a 72%.

Diferente dos Estados Unidos, onde o ritmo de vacinação vem em queda, desde abril, no Brasil o ritmo da campanha teve um crescimento considerável a partir de junho. Nos primeiros meses de imunização o país sofreu com falta de doses.

Essa situação prejudicou o avanço da aplicação da vacina da COVID-19 naquele momento. Porém, agora o Brasil está mantendo o ritmo, já vacinando adolescentes de 12 a 17 anos e aplicando a dose de reforço.

3ª DOSE: Quem deve tomar? Tudo sobre a vacina de reforço contra COVID-19

Resultados da vacina da COVID-19

De acordo com o Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), o número de mortes por Covid-19 tem diminuído com o aumento de pessoas vacinadas.

A média móvel diária de mortes também teve uma redução considerável passando a ser de 300 falecimentos, de acordo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Essa taxa já havia sido atingida pelo país em novembro do ano passado durante o fim da primeira onda da covid-19. O momento mais crítico ocorreu em abril deste ano, quando foi registrado uma média móvel de 3.124 mortes por dia.

De acordo com o gráfico do Conass, a taxa de diagnósticos de Covid-19 também teve uma grande redução. A pior situação foi registrada em julho, quando o Brasil tinha 77 mil casos diários. Atualmente, a média é de 11 mil, sendo que esse patamar só havia sido atingido em maio de 2020.

A vacinação também tem influenciado no número de hospitalizações relacionadas às infecções respiratórias no país. Os imunizantes têm como objetivo principal evitar os casos mais graves que levam a internação e intubação.

De acordo com o Imperial College, do Reino Unido, o Brasil está com a menor taxa de transmissão. Atualmente, o índice está em 0,60, significando que cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 60.

Considerando a margem de erro do estudo, o número pode variar entre 0,24 a 0,79. Sendo assim, 100 indivíduos infectados transmitem o vírus para outros 24 a 79, respectivamente. Esses números são metade do pior índice atingido pelo país no mês de março.

Na época, o Brasil estava enfrentando a segunda onda da doença, atingindo um índice de transmissão acima de 1,23. Isso significava que 100 infectados transmitem o vírus para outras 123 pessoas.

O cenário atual é um bom sinal, já que, segundo o Imperial College, quando o índice fica abaixo de 1 significa uma queda no ritmo de contágio. Isso porque, o número de transmissão é menor do que o de pessoas que já estão infectadas.

Diante de tudo isso, os especialistas e os relatórios epidemiológicos têm apresentado uma posição de otimismo, porém ainda cauteloso. Dessa maneira, mesmo havendo motivos para comemorar ainda é preciso tomar alguns cuidados para que uma nova onda da doença não volte a atormentar o país.

Sendo assim, os especialistas afirmam que é preciso continuar com o atual ritmo de vacinação e incentivar a população a completar a sequência vacinal. Além disso, é preciso reforçar a necessidade de tomar a terceira dose para os idosos e profissionais da saúde.

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Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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