Reforma administrativa em SP foi aprovada na Alesp; como servidores serão afetados?

Reforma administrativa é aprovada na Alesp. Nessa terça-feira (19), a Assembleia Legislativa de São Paulo validou o texto que muda o funcionalismo público na região. Em 50 votos favoráveis e 29 contrários, o projeto muda a remuneração dos servidores, jornada de trabalho e mais.

Depois de mais de um ano debatendo a reforma administrativa, a Alesp finalmente aprovou o texto. Assinado pelo governador João Doria (PSDB), ele altera o salário dos servidores e cria uma regra de contratações temporárias.

Principais mudanças na reforma administrativa de SP

De acordo com a pasta da reforma, os servidores irão receber bonificações ao atingirem as metas preestabelecidas pelo governo. Além disso, eles deverão comprovar a evolução do serviço atestando as atividades prestadas no ano anterior.

O texto sugere também que militares e servidores de segurança pública, professores universitários e auditores fiscais da Receita não serão afetados.

Com relação a contratação temporária, será permitida em caso de calamidade pública ou de greve que “perdure por prazo não razoável” ou, ainda, que “seja considerada ilegal pela Justiça”.

Parlamentares se mostram contra a proposta

Na votação, a oposição criticou a aceitação do texto afirmando que o governador deverá prejudicar a classe trabalhadora.

“Esse projeto é mais um duro ataque do governador Doria ao servidor público, à medida que mexe em direitos adquiridos, como o adicional de insalubridade e as faltas abonadas e avança no sucateamento do serviço público, facilitando a contratação de temporários. Enquanto isso, há categorias de servidores sem reajuste há sete anos”, afirmou o deputado estadual Paulo Fiorilo (PT).

A líder da bancada do PT na Casa, deputada Professora Bebel, afirmou ainda que o Projeto de Lei Complementar 26/2021 não passou pelas comissões, sendo avaliado sem a aceitação de todo o comitê parlamentar.

“A forma como o líder do governo, deputado Vinícius Camarinha, conduziu os debates na Casa, de forma açodada e sem dialogar, deixa clara a falta de respeito deste governo para com os trabalhadores do estado. A maioria governista na Alesp votou pela continuação do projeto privatista do Doria, em troca de emendas orçamentárias, uma prática indigna e antirrepublicana, utilizada para atacar novamente o funcionalismo e o serviço público”, pontou.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.