Bolsonaro garante Auxílio Brasil de R$ 400 e dentro do teto de gastos

Bolsonaro volta atrás e confirma concessão do Auxílio Brasil. Nessa quarta-feira (20), o presidente da república se pronunciou sobre a implementação do novo Bolsa Família. A validação da proposta tinha sido adiada nessa terça-feira (19), mas diante dos impactos no mercado financeiro o chefe de estado manteve o abono de R$ 400.

Está cada vez mais difícil acompanhar os desdobramentos do governo com relação a concessão do Auxílio Brasil.

Bolsonaro acaba de voltar atrás no adiamento da proposta, reagindo aos impactos negativos de sua decisão na Bolsa de Valores. Com isso, o novo Bolsa Família segue de pé com um salário de R$ 400.

Bolsonaro recua sob pressão do mercado

Em um evento realizado no interior do Ceará, Bolsonaro afirmou que irá manter o projeto e que não é preciso haver preocupações com relação ao teto de gastos.

“Ontem (terça-feira) nós decidimos, como está chegando ao fim o auxílio emergencial, dar uma majoração para o antigo programa Bolsa Família, agora chamado Auxilio Brasil, a 400 reais“, declarou.

De acordo com ele, a implementação do Auxílio Brasil é essencial para garantir o sustento dos brasileiros vulneráveis, afirmando estar compromissado em minimizar a fome no país.

Temos a responsabilidade de fazer com esses recursos do próprio orçamento da União. Ninguém vai furar teto. Ninguém vai fazer nenhuma estripulia no orçamento, mas seria extremamente injusto deixar cerca de 17 milhões de pessoas com valor do Bolsa Família”, completou Bolsonaro.

Mourão se posiciona contra o mercado financeiro

Na contrapartida, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a reação negativa dos agentes econômicos nada mais é do que uma pressão para o governo tomar decisões precipitadas.

“A gente também não pode ser escravo do mercado. A questão social é uma responsabilidade do governo e não do mercado, apesar de algumas doutrinas dizerem que o mercado resolve tudo. Não é bem assim que ocorre. Se houver uma transparência total na forma como o gasto vai ser executado e de onde vai vir o recurso, eu acho que o mercado não vai ficar agitado por causa disso”, afirmou em coletiva realizada em Brasília.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.