Com a crise hídrica e o déficit das distribuidoras de energia, devido ao acionamento de usinas termelétricas, técnicos do governo estudam contratar um novo empréstimo. O intuito é ajudar as distribuidoras de energia e controlar os reajustes na conta de luz.
A crise hídrica está fazendo com que o preço da conta de luz fica cada vez mais cara. A causa é o baixo índice de água nos reservatórios fazendo com que as usinas termelétricas sejam acionadas. Com isso, os brasileiros precisam pagar a taxa tarifária mais cara.
Diante disso, o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), determinou que o Ministério de Minas e Energia diminuísse o preço da bandeira vermelha. Porém, contrariando o pedido, o ministro, Bento Albuquerque, afirmou que essa será mantida, pelo menos, até abril de 2022.
Atualmente, os brasileiros estão pagando a bandeira vermelha – patamar 2, ou seja, a mais cara. As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 e indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia. Veja como funcionam:
- Verde: Condições favoráveis de geração de energia, por isso, não há acréscimo na conta;
- Amarela: Condições menos favoráveis de geração de energia, por isso, há um acréscimo de R$ 1,874 para cada 100KWh consumido;
- Vermelha 1: Condições desfavoráveis na produção e necessidade de ligação das termoelétricas, por isso, acréscimo de R$ 3,971 para cada 100KWh consumido;
- Vermelha 2: Condições desfavoráveis na produção e necessidade de ligação das termoelétricas, por isso, acréscimo de R$ 9,492 para cada 100KWh consumido.
Para piorar a situação, a tarifa da bandeira vermelha – patamar 2 passou a ser de R$ 14,20 para cada 100 kWh. O novo valor passou a valer a partir de 1º setembro. O presidente exigiu que o Ministério de Minas e Energia voltasse à bandeira ao valor normal.
Para atender ao pedido do chefe do executivo, os técnicos do governo estudam contratar um novo empréstimo para diminuir o preço da conta de luz. Dessa maneira, a medida deve funcionar nos moldes da conta-Covid.
Essa foi criada no ano passado para segurar a tarifa nas contas de luz entre junho e dezembro de 2020. Porém, o empréstimo é pago pelo consumidor, sendo que neste ano já está sendo cobrados os encargos da conta-Covid de 2020.