Após dez anos atuando como repórter esportiva da ESPN, Alisson Williams pede demissão após discordar das novas regras da emissora. Isso porque, a empresa tornou obrigatório que todos os funcionários tomem a vacina contra a COVID-19, mas ela não concorda com essa exigência.
Foi então que a repórter pediu demissão da emissora dos Estados Unidos da América (EUA). Em justificativa, Alisson explicou que recusou a vacina contra a COVID-19 não por ser contrária à imunização, mas porque está tentando engravidar do segundo filho no momento.
Embora a campanha de vacinação no Brasil atenda gestantes, puérperas e lactantes, há a crença de que a vacina contra a COVID-19 em si, pode ser perigosa para os bebês recém nascidos.
Inclusive, existem relatos sobre bebês que nasceram com anticorpos para o coronavírus, os filhos de mulheres vacinadas durante a gestação.
Por outro lado, órgãos sanitários como o americano CDC e a brasileira Anvisa, bem como os próprios fabricantes asseguram que as vacinas não geram riscos às gestantes ou à fertilidade de homens e mulheres.
Em um post nas redes sociais a repórter declarou não estar alinhada moral e eticamente com a situação, alegando que precisou ponderar muito até decidir seguir seus valores.
“Eu não posso colocar um cheque de pagamento acima do princípio. Não vou sacrificar algo em que acredito e defendo com tanta força para manter uma carreira”, completou.
A ESPN é uma das tantas empresas do grupo Disney que tornará a vacina contra a COVID-19 obrigatória para os funcionários. Mas não basta ter tomado apenas a primeira dose, é preciso estar com o esquema vacinal completo a partir do dia 22 de outubro.
No entanto, a emissora alegou que tem estudado cada caso individualmente quando há pedidos de exceção. Neste sentido, ao estudar a solicitação da repórter, não foi considerado procedente.
Vale lembrar que o posicionamento da repórter sobre a vacina contra a COVID-19 não é uma novidade, pois em setembro ela já havia recusado a imunização alegando ser uma decisão “extremamente difícil”.
No mês de maio deste ano a ESPN comunicou que todos os 5.500 funcionários que atuam em estádios e arenas deveriam ser imunizados até agosto, em respeito também às exigências impostas pelos administrados desses locais.