Rio vive drama de suspensão das aulas presenciais com aumento da COVID-19

Já na primeira semana do mês de outubro o município acumulou o número de 7 unidades escolares fechadas após confirmação de casos de COVID-19. Enquanto isso, o Rio se prepara para a volta das aulas presenciais com 100% de ocupação.

Rio vive drama de suspensão das aulas presenciais com aumento da COVID-19
Rio vive drama de suspensão das aulas presenciais com aumento da COVID-19 (Imagem/Reprodução: AF Rodrigues/Prefeitura do Rio de Janeiro)

O município do Rio de Janeiro retomou suas aulas presenciais no dia 24 de fevereiro desse ano, após meses com o ensino remoto apenas.

No entanto, de lá para cá a prefeitura já determinou o fechamento de 195 unidades escolares, um número considerado alto segundo especialistas.

Só na última semana foram 7 escolas com as atividades suspensas, os dados são da Secretaria Municipal de Educação (SME).

O que mais preocupa no estado é o avanço da variante Delta, que se espalhou pela capital fluminense no mês de agosto que também foi o mês. Até então, em que mais escolas foram fechadas, 103 ao todo.

Aulas presenciais com 100% de ocupação no Rio

De um lado o número de escolas fechadas é bastante alto, do outro a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação se preparam para retomar as aulas com a ocupação total das salas de aula.

No último dia 5 de outubro a SME divulgou a informação de que a partir do dia 18 desse mês as escolas não vão mais precisar adotar o sistema de rodizio.

No entanto, essa retomada vai acontecer em fases, assim como foi quando o ensino hibrido foi iniciado.

Acontece que muitas pessoas são contrárias a essa ação nesse momento. Incluindo cientistas que não têm recomendando a ocupação total enquanto há escolas sendo fechadas.

“É muito importante manter o estudo dessa garotada, mas precisamos olhar o que está acontecendo. O número de escolas interditadas durante esse período indica que a transmissão não parou. E agora vamos abrir tudo. Isso vai acontecer em quais circunstâncias? Todas as escolas têm condições de garantir uma ventilação adequada, por exemplo? Os alunos serão devidamente testados?”, questiona o epidemiologista Diego Xavier, da Fiocruz.

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiros (Sepe-RJ), também se pronunciou e não acredita que esse seja o melhor momento para permitir uma ocupação total.

A justificativa para isso, de acordo com Gustavo Mirando, coordenador-geral do Sepe-RJ, é que várias unidades escolares ainda não possuem a estrutura necessária para receber todos os estudantes.

O fato é que, desde o início da pandemia até agora, já se passou um bom tempo, as escolas não foram modificadas estruturalmente para atender os critérios que são necessários. Por exemplo, a decisão do Comitê Científico do Rio de Janeiro prevê a abertura das escolas e fala que as escolas têm que estar ventiladas, usar máscara e tudo mais. Entretanto, as escolas não vão estar ventiladas porque não existem, em muitas escolas, condições estruturais para que isso ocorra”, afirma ele.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.