No final do mês de agosto, o Governo Federal publicou uma Portaria criando o programa de incentivo à redução de energia elétrica. Voltado a consumidores em potencial como grandes indústrias, o programa começou a valer há cerca de uma semana.
A previsão é para que o programa de incentivo à redução de energia fique em vigor até o dia 30 de abril de 2022. Até lá, uma parcela considerável de gastos com energia deve ser economizada. Atitude extremamente necessária diante do enfrentamento da crise hídrica que o país tem enfrentado, a pior dos últimos 91 anos.
A proposta dessa iniciativa é controlar o consumo de energia elétrica justamente no horário de pico. Segundo uma análise feita pelo Operador do Sistema Elétrico (ONS), o controle para e redução de energia deve ser feito entre os meses de outubro e novembro.
É preciso considerar que esta é a época mais intensa da onda de calor, levando os consumidores a recorrerem a aparelhos auxiliares como ventilador, ar condicionado e similares.
Estima-se que até o dia 30 de setembro, a economia de energia seja de até 500 MW. A previsão foi dada pelo secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Christiano Vieira.
Logo que o programa teve início, a aprovação de redução voluntária de demanda foi de, aproximadamente, 200 MW. O chefe da pasta também disse acreditar em um aumento na economia de energia no mês de outubro, embora não tenha divulgado novas metas.
Desde o dia 1º de setembro o ONS tem recebido constantes ofertas de agentes para o programa de redução de energia elétrica. Conforme apurado, compensa mais ao sistema elétrico brasileiro arcar com as despesas do programa do que despachar térmicas a preços altos.
O programa de redução de energia permite a livre participação de consumidores do mercado livre de energia ou agentes que agregam na demanda, ou seja, os geradores e comercializadores.
Em complemento, o secretário afirmou que as medidas elaboradas pelo governo para lidar com a crise hídrica até 2022 são o bastante para atender a demanda e potência.
Na prática, o programa é direcionado a médios e grandes consumidores de energia, como:
- Consumidores livres;
- Agentes agregadores;
- Consumidores modelados sob agentes varejistas;
- Consumidores parcialmente livres.
A ideia é para que essas empresas ofereçam uma economia na média de cinco megawatt (MW) por hora. Essa oferta pode ocorrer em lotes com duração entre 4 a 7 horas ou lotes mínimos de 5 MW a cada hora.