Mudanças no Casa Verde e Amarela devem aquecer mercado da venda de imóveis

Governo anuncia mudanças em seu projeto habitacional. Na última quarta-feira (15), o Ministério de Desenvolvimento Regional anunciou uma série de reformulações no Casa Verde e Amarela. Com isso, foi ampliado o número de famílias aptas a solicitar o financiamento, gerando mudanças no mercado imobiliário.

Mudanças no Casa Verde e Amarela devem aquecer mercado da venda de imóveis (Imagem: Reprodução/Caixa)
Mudanças no Casa Verde e Amarela devem aquecer mercado da venda de imóveis (Imagem: Reprodução/Caixa)

O Casa Verde e Amarela acaba de passar por mudanças. O atual programa habitacional brasileiro alterou suas taxas de juros e permitirá que famílias com renda de até R$ 2 mil possam financiar a casa própria.

Novas taxas de juros

A definição das taxas é determinada por região, sendo elas divididas nos seguintes grupos:

  • Norte e Nordeste: 4,25% ao ano, para cotistas do FGTS, e 4,75% ao ano para quem não é cotista;
  • Sul, Sudeste e Centro-Oeste: 4,5% ao ano para cotistas do FGTS, e 5% ao ano para quem não é cotista.

O governo informou ainda que não contabilizará mais o valor do imóvel para determinar as cobranças.

“Na modalidade anterior, dependendo do valor imóvel, uma família com renda de R$ 2 mil ela poderia pagar uma taxa maior. Nós excluímos da composição o valor do imóvel e vale apenas a renda”, disse o secretário nacional de Habitação, Alfredo dos Santos.

Redução temporária nas tarifas

Outra mudança vai ser a baixa nos juros, para quem tiver uma renda entre R$ 4 mil e R$ 7 mil houve um reajuste de 0,5 ponto percentual:

  • Cotistas do FGTS por três anos ou mais: juros de 7,16% ao ano;
  • Para quem não é cotista do FGTS: juros caem de 8,16% para 7,66% ao ano.

Investimentos ampliados

O ministério informou que deverá ampliar o orçamento dos programas de financiamento. Durante 2022 o acréscimo vai ser de 10%, em 2023 vai ser em 12% e em 2024 15%.

Governos estaduais e prefeituras fecham parceria

Para fomentar ainda mais os financiamentos, as gestões locais irão garantir uma contrapartida mínima de 20% no valor residencial, fazendo com que o custo do seu financiamento seja menor.

O que nós estamos propondo no programa Parcerias, dentro do Casa Verde e Amarela, é que estados e municípios, juntos ou separados, garantam uma contrapartida que tire da família a obrigatoriedade da entrada”, disse o secretário nacional de Habitação, Alfredo dos Santos.

Faixas de renda com acesso ao projeto

  • Grupo 1 – famílias com renda de até R$ 2 mil mensais;
  • Grupo 2 – famílias com renda entre R$ 2 mil e R$ 4 mil mensais;
  • Grupo 3 – famílias com renda entre R$ 4 mil e R$ 7 mil mensais.

Construtoras podem se animar

Conforme informado em uma reportagem do portal InfoMoney, as construtoras focadas no público de baixa renda devem se beneficiar com as novas regras.

“Atualmente, o mesmo encontra-se combalido devido aos altos custos de construção motivados pelo alto custo de insumos, como o aço. Nesse contexto, o setor de baixa renda é o que mais sofre nesse cenário, não conseguindo repassar seus custos para seus clientes, que são contemplados por programas habitacionais”, segundo os analistas da Levante Ideias de Investimentos ao InfoMoney.

De acordo com a pesquisa realizada pelo portal de notícias, as empresas Tenda, Cury e Direcional, serão as maiores beneficiadas.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.