Popularidade do governo e instabilidade econômica colocam o Brasil em uma das piores crises do século. Nesta segunda-feira (20), uma pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha revelou que 69% da população teve a renda afetada mediante o atual contexto político e financeiro do país. A gestão do presidente Jair Bolsonaro tem sido reprovada por 58% do eleitorado.
Há meses o Brasil vem lidando com os efeitos do novo coronavírus. No entanto, para além da pandemia, a população tem sido cada vez mais pressionada a reajustar suas contas mediante o clima de crise e instabilidade econômica e política.
Nos últimos meses a inflação veio batendo recordes históricos, fazendo com que produtos como gasolina, cesta básica e até mesmo o botijão de gás ficassem mais caros.
Pesquisa revela indicadores negativos mediante cenário de crise
Um estudo feito pela Datafolha entre 13 e 15 de setembro, revela que mais da metade da população tiveram sua economia afetada nos últimos meses. Dos 3.667 brasileiros em 190 municípios, 69% afirmaram ter tido redução de renda e aumento das despesas.
Ainda de acordo com o levantamento, o público mais afetado foram as mulheres, onde 74% afirmaram estar com as contas apertadas. Já para os homens a crise vem sendo sentida em 62%.
Na faixa etária, 65% das pessoas de 16 a 44 anos reprovam o atual governo. Cerca de 70% desse grupo recebem apenas até dois salários mínimos e consequentemente não conseguem manter o sustento.
Avaliada por região, a rejeição a economia de Bolsonaro fica em 70% no Sudeste e Nordeste e em 65% nas demais regiões. Já na perspectiva de ocupação, destaca-se o índice elevado entre assalariados sem registro (77%) e estudantes (74%) e menor entre empresários (54%).
O que encareceu nos últimos meses?
Entre os produtos mais inflacionados no último mês e que afetam a população de baixa renda está o botijão de gás doméstico, que já vem sendo vendido por mais de R$ 100. Além disso, a cesta básica passou a ter um custo médio de R$ 1 mil.
Já a gasolina é comercializada acima dos R$ 6, o diesel e demais combustíveis também foram encarecidos. Por fim, é válido ressaltar ainda o reajuste de mais de 100% nas contas de luz que estão com as maiores tarifas da história.