Por que o governo tem dificuldade em financiar o novo Bolsa Família?

Uma das principais apostas do Presidente Bolsonaro (sem partido) para a sua reeleição em 2022 é o novo Bolsa Família. Porém, a sua equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, está com dificuldades em conseguir orçamento suficiente para a ampliação.

Por que o governo tem dificuldade em financiar o novo Bolsa Família?
Por que o governo tem dificuldade em financiar o novo Bolsa Família? (Imagem: Tudo Bahia)

A proposta do governo é ampliar o Bolsa Família, contemplando mais beneficiários e aumentando a média de pagamento. Para isso, o programa precisará passar por reformulações e deve ser renomeado para Auxílio Brasil.

O Novo Bolsa Família deve ter início após o fim dos pagamentos do auxílio emergencial 2021. Sendo assim, deve começar no mês de novembro, já que o auxílio vai até o mês de outubro. Porém, para bancar as mudanças será necessário conseguir mais recursos no Orçamento Geral da União de 2022.

Diante disso, a equipe econômica está buscando alternativas, sendo que uma das sugestões apresentadas foi o parcelamento dos Precatórios. Com isso, as dívidas acima de R$ 455 mil seriam parceladas em dez anos.

Outra sugestão é a reforma do Imposto de Renda que aumentaria a arrecadação. Com esse valor, seria possível bancar o pagamento do Novo Bolsa Família de até R$ 300, segundo Guedes.

Novo Bolsa Família

O Auxílio Brasil deve ampliar o número de beneficiários do Bolsa Família. A estimativa é incluir mais 2 milhões de pessoas aos 14 milhões de famílias já beneficiadas.

Para isso, a ideia é mudar a faixa de entrada de R$ 89 para R$ 100. Para ampliar a média de pagamento o governo pretende criar novos benefícios. Veja abaixo as sugestões:

  • Benefício Primeira Infância: pago às famílias com crianças entre zero e 36 meses incompletos;
  • Benefício Composição Familiar: pago às famílias com jovens até 21 anos;
  • Benefício de Superação da Extrema Pobreza: complemento financeiro para as famílias que recebem benefícios, mas que mesmo assim, a renda familiar per capita não supera a linha de pobreza extrema;
  • Bolsa de Iniciação Científica Junior: 12 parcelas mensais pagas a estudantes beneficiários do Auxílio Brasil com bom desempenho em competições acadêmicas e científicas;
  • Auxílio Criança Cidadã: benefício pago aos chefes de família que consigam emprego e não encontrem vagas em creches para deixar os filhos de 0 a 48 meses;
  • Auxílio Inclusão Produtiva Rural: pago por até 36 meses aos agricultores familiares inscritos no Cadastro Único;
  • Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: para beneficiários do Auxílio Brasil que comprovem que têm emprego com carteira assinada;
  • Benefício Compensatório de Transição: pago aos atuais beneficiários do Bolsa Família que perderem parte do valor recebido por conta das mudanças trazidas pelo novo programa;
  • Auxílio Esporte Escolar: destinado a estudantes entre 12 e 17 anos que sejam membros de famílias beneficiárias e que se destacarem nos Jogos Escolares Brasileiros.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.