Nesta semana, o Governo do Espírito Santo (ES) decidiu alterar o calendário de imunização local ao anunciar a aplicação das vacinas de reforço em um novo público. A partir de agora, os idosos de 60 anos de idade poderão receber a terceira dose da vacina contra a Covid-19.
A mudança no calendário de vacinação foi oficializada nesta quarta-feira, 15, após uma reunião entre a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Posteriormente, a medida foi confirmada pelo governador Renato Casagrande, que aproveitou para mencionar o início da aplicação das vacinas em adolescentes.
No entanto, o governador ressaltou que apesar da inclusão deste novo grupo, que a prioridade continua sendo os idosos.
“Simultaneamente nesta semana, vacinaremos de 12 a 17 anos com deficiência permanente, com comorbidades, gestantes, puérperas, lactantes e privados de liberdade”, ressaltou.
Estima-se que este grupo seja composto por 338.971 adolescentes moradores do estado. A vacinação dos jovens irá avançar gradativamente mediante a redução da faixa etária.
Lembrando que conforme orientações do Ministério da Saúde, esse público poderá ser imunizado apenas com vacinas da Pfizer, a única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No que compete à vacinação de idosos com 60 anos ou mais, é preciso que essas pessoas tenham tomado a segunda dose há, pelo menos, cinco meses. Este intervalo médio é indicado tanto para quem tomou as duas doses das vacinas contra a Covid-19, quanto para aqueles que receberam a dose única da Janssen.
A prioridade quanto ao reforço vacinal é para que os governos utilizem as vacinas da Pfizer. Mas na falta dela, também está autorizada a aplicação da AstraZeneca e da Janssen. Somente na última terça-feira, 14, 5.697 doses de reforço foram aplicadas pela Secretaria da Saúde do Espírito Santo nos cidadãos capixabas.
Por meio de uma resolução assinada recentemente, o secretário estadual de Saúde, José Maria Justo, alegou que a prioridade aos idosos no reforço vacinal é necessária. Isso porque, este continua sendo o público mais suscetível à Covid-19, tanto para a infecção quanto óbito, mesmo após completar o reforço vacinal.
Ele ainda disse que os idosos são propensos a não absorver completamente a ação das vacinas, independentemente da marca. “Com a dose de reforço, há a possibilidade de amplificar a resposta imune com doses adicionais de vacinas covid-19”, disse.