Open Banking promete facilitar liberação de empréstimo e relação com o banco

O Open Banking chegou com a proposta de revolucionar o sistema financeiro brasileiro. O sistema financeiro aberto permite que a população compartilhe dados pessoais entre as instituições financeiras. Como resultado, será possível ter mais facilidade na liberação de empréstimo e relação com o banco.

Open Banking promete facilitar liberação de empréstimo e relação com o banco
Open Banking promete facilitar liberação de empréstimo e relação com o banco (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Desde o mês passado, o Open Banking entrou na segunda fase. Nessa etapa, os clientes podem solicitar o compartilhamento de dados entre as instituições participantes.

Vale reforçar que o compartilhamento acontece apenas se a pessoa autorizar — sempre por um prazo específico e para finalidades determinadas — pela internet, nos canais digitais das instituições financeiras participantes. A autorização pode ser cancelada a qualquer momento.

Entre as vantagens, o Open Banking possibilita mais competição. Com acesso aos dados dos clientes, as instituições participantes poderão realizar ofertas de produtos e serviços para clientes de seus concorrentes, com benefícios para a pessoa.

Assim, o usuário poderá ter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas, de acordo com o Banco Central (BC).

O sistema também permite melhor experiência no uso de produtos financeiros. As instituições poderão oferecer soluções que facilitam aos usuários controlarem suas vidas financeiras.

Por exemplo, quem possui mais de uma conta bancária ou tem em um banco e empréstimo em outro, poderá ver todas as suas informações em um único local.

Como Open Banking pode facilitar liberação de empréstimo e relação com o banco

De modo geral, as informações financeiras dos clientes ficam restritas ao banco em que eles possuem conta. Por conta disso, as taxas oferecidas em diversas operações acontecem de forma livre — sem haver uma comparação.

Caso a pessoa busque empréstimo em outra instituição, por exemplo, não há um histórico de relacionamento. Diante deste problema, o banco de interesse tende a cobrar maiores taxas, pois não tem visão mais ampla da confiabilidade do usuário.

Sendo assim, o Open Banking possibilitará que outros bancos tenham acesso aos históricos de relacionamento do banco atual do cliente. Por meio destas informações, as instituições participantes conseguirão conceder melhores ofertas financeiras.

Apesar dessa facilidade, as mudanças ainda poderão levar alguns meses para serem percebidas pelos consumidores.

Ao G1, o diretor do PicPay e fundador do Guiabolso, e diretor da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), Thiago Alvarez, afirma que, a partir de outubro e novembro, há a expectativa de que algumas instituições já iniciem o uso do Open Banking como instrumento para análise de crédito.

Mesmo nestes próximos meses, ele acredita que o uso ainda não será de modo disseminado. O especialista projeta que deve levar um ou dois anos para que diversas instituições usem o Open Banking como sua política padrão.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.