No Rio, a prefeitura decidiu estender até o próximo dia 20, as medidas restritivas que já estavam vigorando na cidade. O aumento nos casos de covid-19 na capital carioca foi um dos fatores mais relevantes para a decisão.
As boates, danceterias e salões de dança ainda não podem funcionar, porém, as casas de espetáculo podem atender até 60% da capacidade.
Os bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques localizados na orla podem servir apenas clientes sentados, com distanciamento de 1,5 metro entre as mesas.
As academias de ginásticas e piscinas podem oferecer aulas em grupo, com distanciamento de 1 metro. Por fim, os shoppings podem ter 60% da capacidade, desde que evitem aglomerações e filas de espera.
O prefeito Eduardo Paes comunicou no fim do mês passado que a flexibilização do comércio seria divida em três fases progressivas.
Nesta primeira fase, seria liberado o funcionamento parcial de boates e o público nos estádios. Já na última fase, prevista para 15 de novembro, o uso de máscaras em áreas abertas seria dispensado.
“Diante do recente aumento do número de casos da doença devido à circulação da variante delta, do retorno de todo o mapa de risco para alerta moderado e da recomendação do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19, o plano de reabertura foi adiado”, explicou em nota a Secretaria Municipal de Saúde.
Já no início deste mês, o prefeito afirmou que não há um “liberou geral”. “Se continuarmos com o registro desse aumento de casos, a tendência não é de abrir, mas fechar mais. Se o cenário epidemiológico piorar, acabou o plano de abertura”, frisou, na ocasião.
Segundo o pediatra, sanitarista e membro do comitê científico da prefeitura do Rio, Daniel Becker, a epidemiologia mudou.
“Aumentou a transmissão por causa da variante delta, que de fato é muito transmissível. Está se refletindo já no aumento de movimentação dos hospitais. Nós temos que acompanhar o que vai acontecer com a pandemia nos nas próximas semanas”, afirmou.